Escola
Bíblica Dominical – 19 de fevereiro de
2017 | Lição 8
Texto Áureo: 1
Jo 3.15
Verdade prática:
A vida é um dom de Deus e ninguém tem o direito de tirá-la a não ser o próprio
Deus.
Leitura bíblica em classe:
Mateus 5. 20-26
REFLEXÃO E OBJETIVO DA
AULA:
1) Reconhecer que a bondade é o firme compromisso do
crente para o benefício dos outros; 2)
Mostrar que o homicídio é a destruição do próximo, por isso, Deus condena
tal atitude; 3) Explicar porquê
precisamos ser bondosos e misericordiosos.
INTRODUÇÃO:
a.
O pastor John Piper diz que, “o novo
nascimento não é sobre melhorar quem você é, mas criar um novo você”.
b.
Ser cristão não é largar os vícios; a Bíblia não diz que primeiro você precisa
deixar os vícios, mas que você deve ter um novo coração. É possível você se
livrar dos vícios, porém sem nascer de novo; mas é impossível você continuar
preso neles com um novo coração.
c.
A despeito da maldade humana - das tragédias e dos homicídios – Jesus nunca
atribuiu suas causas à sociedade (coletivo), mas ao homem (individual), pois é no
coração do homem que se encontram os maus
pensamentos, prostituição, falso testemunho e blasfêmias (Mt 15.18,19).
d. Por
isso, a esperança de um mundo melhor se encontra apenas no evangelho de Jesus
Cristo, que transforma o homem por completa.
e.
À começar de nós: você já nasceu de novo? Você é alguém que ama o que Deus ama
e odeia o que Deus odeia? Você tem prazer em Deus ou apenas tenta corresponder às
exigências através do “pode” ou “não pode”?
I. BONDADE: O FIRME COMPROMISSO
PARA O BENEFÍCIO DOS OUTROS
1. A
bondade como fruto do Espírito.
a. Bondade,
benignidade e misericórdia – depende do contexto, no entanto são termos que
intercambiáveis.
b.
Bondade: “qualidade do que é bom”; quem é bom trata as pessoas com
benignidade (Mt 12.35; At 11.24; 1 Pe 2.18). Características de alguém benigno:
ü Desejo
de agradar, de demonstrar cortesia, de servir.
ü Que
demonstra gentileza, amabilidade ou benevolência.
ü Que
denota uma autossatisfação ou um deleite a que próprio se abandona.
c. Barnabé,
por exemplo, era conhecido por sua benignidade (At 11.24). Sua pregação foi confirmada
através de sua vida piedosa, pois, diz a Escritura que, ele era um homem bom,
cheio do Espírito Santo e de fé; e que por causa disso, muita gente se uniu ao
Senhor.
d.
Barnabé não era chato e nem arrogante. Aliás, ninguém que é cheio do Espírito
de Deus é chato e arrogante.
e. Portanto,
como um dos aspectos do fruto do Espírito, podemos dizer que a bondade é uma
qualidade nobre, gerada por Deus, nos corações daqueles que experimentaram o
novo nascimento (Jo 3.3).
2. A bondade de Deus.
a.
Bondade é um atributo comunicável de Deus qual Ele compartilhou com o ser
humano. Porém, apenas Deus desfruta dele em sua totalidade e perfeição (Mc
10.18).
b.
Deus não faz esforços para ser bom, Ele é! Assim como o sol não brilha somente
sobre os justos, mas também sobre os injustos; assim Deus é bom para com todos pelo
fato de ser bom não podendo ser diferente disto (Sl 145.9). O detalhe é que
somente os santos O bendirão por isso (Sl 145.10).
c.
A prova da bondade de Deus para com todos os homens:
ü Ele
faz com que o sol e a chuva se levante sobre todos os homens (Mt 5.45).
ü Ele
quem deu a vida, a respiração e todas as coisas a todas as pessoas (At 17.25).
ü Ele
deu testemunho de si mesmo, fazendo bem, dando chuvas do céu e estações
frutíferas, fartando de mantimento e enchendo o coração do homem de alegria (At
14.17).
d.
Posto isso, i.e, a graça comum (a bondade que atinge até os incrédulos), a
maior prova da bondade de Deus se encontra no fato d’Ele ter enviado Seu Filho
Unigênito para morrer em nosso lugar, dando a vida eterna àquele que crê.
e.
Deus nos chama a perfeição, pois nosso Pai é perfeito (Mt 5.48). A perfeição
que Jesus diz, é justamente amar nossos inimigos, orar pelos os que nos perseguem;
pois assim seremos filhos de Deus.
3. Um homem bondoso
e uma mulher bondosa.
a. Encontramos
diversos exemplos na Bíblia de homens e mulheres bondosas.
b.
Jó não somente era justo e paciente,
mas também bondoso para com os outros (Jó 29.15-17; 31.32) e para com os seus
filhos, oferecendo holocaustos por eles (Jó 1.5).
c.
Dorcas era uma discípula que
congregava na igreja de Jope; usava do ofício de costureira para abençoar os
pobres (At 9.36,39). Ela é a única mulher
a ser chamada de discípula no Novo Testamento.
d. Dorcas
era muito querida; sua morte repentina causou grande comoção na igreja, justamente
por ser ela uma pessoa piedosa, cheia de boas obras e esmolas.
e. Pedro,
ao ressuscitá-la, chamou os santos; porém, chamou também as viúvas (pois certamente,
devido a necessidade, foram as que mais sentiram a perda desta serva de Deus e
dos irmãos).
f. Certa
vez, numa das apresentações do “Programa
um Toque de Deus”, transmitido pela Rádio Musical (105,7 FM) em São Paulo, o
Pr. Paulo Romeiro, disse algo que me marcou:
"Do
jeito que você trata o seu próximo, assim você trata o Teu Deus."
g. Que
as nossas ações – a exemplo de Jó e de Dorcas – possam refletir a glória de
Deus, para que os homens vejam tudo isso e glorifiquem o Pai que está nos céus.
SÍNTESE DO TÓPICO I
A
bondade é o nosso firme compromisso com Cristo para o beneficio do próximo.
II. HOMICÍDIO, A DESTRUIÇÃO DO
PRÓXIMO
1. Não matarás.
a. Deus é o Deus da vida; o mandamento “não matarás” se encontra nas Escrituras (Ex 20.13; Dt 5.17);
porém, Deus também o pôs no coração de todo homem através da lei moral; em
todas as culturas, a preservação da vida é uma prioridade.
b. O mandamento, porém, não inclui execuções judiciais por
crimes puníveis com mortes nem mortes legítimas que resultam da guerra, pois as
leis do Antigo Testamento fazem uma cuidadosa distinção entre mortes premeditadas e mortes acidentais.
c. Os pacifistas argumentam, com base no sexto mandamento, que
matar, independentemente do motivo, é pecado; porém se esquecem que a pena para
aquele que cometia homicídio era a própria morte.
d. A Bíblia nos chama para sermos pacificadores, e não
pacifistas; o pacifista é o
partidário que visa a exaltação própria por meio de uma causa; o pacificador, porém, é aquele que
pacifica – é o apaziguador; apacificador – que tem por objetivo acalmar os
ânimos exaltados oriundos da ira do homem.
e. Jesus nos deu uma lei que vai além da justiça dos religiosos
de sua época: qualquer um que se irar contra seu irmão, ou chamá-lo de
insensato, será réu diante do tribunal (Mt 5.22.23).
f. Aqui não se trata da ira santa, justa; Jesus trata da ira do
homem que não produz a justiça de Deus (Tg 1.20).
g. Assim como Deus demonstra a elevada prioridade que Ele dá à
vida humana; assim nós, seus imitadores, devemos fazer o mesmo. As leis foram criadas
para isso, i.e, para preservar a vida ainda que a espada seja demanda (Rm
13.4).
2. Aborto, a morte de um
inocente indefeso.
a. Aborto é pecado, pois
é um atentado contra o sexto mandamento. Deus é o doador da vida (Is 45.12; Mt
10.28).
b. O aborto não é somente um crime na perspectiva bíblica, pois
o código penal brasileiro também o enquadrada na qualidade de homicídio.
c. Deus tem um contato com o feto, conforme está escrito:
“Pois possuíste os meus
rins; cobriste-me no ventre de minha mãe (13). Os meus ossos não te foram
encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas profundezas da terra.
Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas
coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda
uma delas havia”. - Salmos 139:13, 15,16 (AFC)
d. Com efeito, quando se trata de estupro – imagino a dor da
vítima; também suponho os traumas causados; porém, um aborto seria um erro
seguido de outro.
e. No entanto precisamos olhar esses casos com mais atenção.
Amar, acolher e cuidar da vítima é a melhor forma de “transformar o mal em bem”. Reconheço, porém, a minha limitação e imaturidade
para tratar deste assunto.
3. O primeiro homicídio
a. Logo após a queda, em Gênesis 3, lemos o primeiro homicídio:
um homem matou seu próprio irmão: Caim matou Abel (Gn 4. 8-11).
b. Nisto fica bem claro que toda maldade do homem consiste primeiro
na rebelião contra Deus. O homem rompido com Deus é capaz de tudo, até matar
para se divertir.
c. Deus, por isso, amaldiçoou Caim (Gn 4.15). Todo aquele que
pratica homicídio possui em suas mãos o sangue da sua vítima. Os homens até
podem escapar do tribunal humano, mas não escaparão da justiça de Deus; pois d’Ele
não se zomba; tudo o que o homem semear, isso também colherá (Gl 6.7).
SÍNTESE DO TÓPICO II
O
homicídio é a destruição da vida alheia.
III. SEJAMOS BONDOSOS E
MISERICORDIOSOS
1. Servindo ao
outro com amor.
a.
O maior desafio da igreja de Cristo é o amor fraternal. Todos os demais
problemas ocorrem devido a falta de amor, pois como está escrito: “quem ama aos outros cumpriu a lei” (Rm
13.9).
b.
A Bíblia exorta que o amor não deve ser fingido (Rm 12.9; 1 Pe 1.22).
c.
Uma das formas de evidenciar este amor é servir o próximo, deixando,
entretanto, o egoísmo de lado; e levando as cargas uns dos outros (Gl 6.2).
Seja cuidar dos enfermos, libertar o oprimido, aliviar o peso financeiro de
alguém que se encontra em dificuldades.
d.
A Escritura ordena que carreguemos as cargas uns dos outros, e não coloquemos cargas sobre uns aos outros.
e.
É muito ruim chorar por alguém, mas é bem pior fazer alguém chorar por você.
2. Ajudando o
ferido.
a. Uma
das características da sociedade é o egoísmo;
a Bíblia diz que nos últimos tempos os homens seriam “amantes de si mesmos” (2 Tm 3.1,2).
b.
A igreja precisa manifestar a diferença do que serve daquele que não serve; não
às escondidas, mas a vista de todos. O mundo só acreditará na nossa mensagem,
i.e, que Cristo está voltando, se de fato a praticarmos:
“Seja
a amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor.” – Filipenses 4.6
c. O
modelo deste amor altruísta deixado por Jesus não se encontrou no sacerdote que
ministrava no templo; nem no levita que cuidava dos utensílios do templo; mas no
samaritano, que parou e cuidou do verdadeiro templo de Deus, i.e, o seu próximo
(Lc 10.25-37).
3. Ajudando os
irmãos.
a. Devemos
ajudar todas as pessoas; o nosso próximo é aquele que está com alguma
dificuldade diante de nós.
b.
As Escrituras, no entanto, coloca em destaque a ajuda aos “domésticos da fé” (Gl 6.10).
c.
Um dos propósitos pelo qual Deus ordena que tenhamos comunhão uns com os outros,
é justamente para comunicarmos (socorrer) com os santos nas suas necessidades
(Rm 12.13).
d. Se
algum irmão tiver necessitado de itens básicos do dia a dia, devemos socorrê-lo
(Tg 2.15,16). Isto é o mínimo.
e. É
pecado agir diferente disto:
“Portanto,
aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado.” – Tiago 4.17
(A21).
f.
Toda boa obra feita por amor a Cristo de forma nenhuma está esquecida por Deus
(Hb 6.10).
g.
Quando você não encontrar vontade ou motivo para fazer isso, faça, então, por
amor a Jesus, pois é Ele quem está pedindo isto a você (Hb 13.16).
SÍNTESE DO TÓPICO III
O
crente cheio do Espírito Santo é bondoso e misericordioso.
CONCLUSÃO
1.
O amor de Deus foi derramado em nosso coração; de sorte que, hoje estamos do
lado do bem, da justiça e do direito.
2. Essa bondade, portanto, nos impulsiona:
ü No
compromisso para o benefício dos outros.
ü Na
preservação da vida do nosso próximo.
ü Em
ser bondosos e misericordiosos para com todos, principalmente com aqueles que
estão padecendo necessidades.
Soli Deo Gloria!
Fabio Campos
Aula
ministrada na ICT – J - dia 19/02/2017
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Referências
bibliográficas:
Escola Bíblica dominical. As obras da
carne e o fruto do Espírito. 1º trimestre de
2017; CPAD; lição 8.
CARSON, D.A & FRANCE R.T & WENHAM,
G. J. Comentário Bíblico Vida Nova.
Editora Vida Nova, 2009. São Paulo, SP
O Novo Dicionário da Bíblia, Vol 1. São Paulo, SP; Edições Vida Nova, 1984.