Por Fabio Campos
Texto
base: “E encontraram a
pedra do sepulcro removida. Elas entraram, mas não acharam o corpo do Senhor
Jesus.” – Lucas 24. 2-3
É
verdade que já “mataram” o cristianismo diversas vezes; porém, o Deus Cristão
sabe como sair do túmulo. Nietzsche, por exemplo, disse que Deus estava morto.
O mundo e a sua manutenção são provas que alguém Vivo está na providência disto
tudo, como está escrito: “...
sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder”
(Hb 1.3).
Mas
cadê Nietzsche? Está morto! Deus, porém, está vivo. É bem verdade que mataram o
Deus Filho, porém, o Filho de Deus saiu do túmulo e ressuscitou ao terceiro
dia.
Deus
sempre prevaleceu com o homem. Nunca ninguém pôde impedir o Seu agir. As coisas
que acontecem e que aparentam estar fora do nosso controle, no entanto estão no
mais absoluto controle d’Aquele que está assentado no Trono. Tudo ocorre por
Sua determinação ou por Sua permissão. Mas nada foge do alcance de suas vistas
e da força das suas mãos.
Foi
no auge da “força humana” - quando as autoridades pensaram que deram cabo no
plano divino - que Deus, com a sua “fraqueza”, “despojou principados e poderes”
e triunfou sobre eles, como disse Philip Yancey: “Foi um escândalo quando Jesus
desmascarou a falsa deidade dos poderes e autoridades dos quais os homens e as
mulheres se orgulhavam”. 1 E ainda diz a Escritura: “... a fraqueza de Deus é mais
forte que os homens” (1 Co 1.25).
Deus
tornou absurda a lógica deste mundo. Agostinho expressou esse paradoxo da
seguinte maneira: “O Criador do homem tornou-se homem para que ele, o
governante das estrelas, pudesse mamar no peito de sua mãe; para que o pão
pudesse ter fome, a Fonte, sede; para que a Luz dormisse, o Caminho ficasse
cansado em sua caminhada; para que a verdade pudesse ser acusada de falso
testemunho, o Mestre fosse açoitado com chicotes, o Fundamento fosse elevado
sobre o lenho, a Força enfraquecesse, o Médico fosse ferido; para que a vida
pudesse morrer”. 2
O
mundo não contava com um Deus que sabia sair do túmulo!...
Tentaram
matar o cristianismo. Os religiosos crucificaram o Senhor e perseguiram os
apóstolos. O império romano derramou o sangue dos mártires até o Quarto Século.
Muitos hereges se levantaram contra a Sã Doutrina. Tentaram calar a verdade
ensinada pelos Apóstolos do Senhor. Colocaram em cheque a Natureza Divina e
Humana do Filho de Deus. Trabalharam arduamente para amputar parte das
Escrituras para fundamentar suas heresias. Mas, como sempre, a Verdade prevaleceu.
A
inquisição (1184 d.C) perseguiu e matou muitos cristãos genuínos que não se
deixaram contaminar pela doutrina romana. Os Valdenses, por exemplo, refugiaram-se
nas montanhas da Itália e foram recompensados pela notícia de que a Reforma se
irrompia na Europa no Século XVI.
Tentaram
calar a voz dos Arautos do Senhor, daqueles que exaltavam a Escritura e que
punham a Bíblia acima da tradição da igreja. Foi assim com John Wyclif. O mártire
e pré-reformador, John Hus, selou a verdade com a sua vida. A igreja católica o
queimou na “santa” fogueira em 1415.
A
“contra reforma” foi o movimento que injuriou o remanescente fiel que desejava
nortear sua vida em torno das “Escrituras Somente”. O concilio de Trento em
1545 se armou para barrar o retorno ao Evangelho Genuíno. Prevaricaram, mas não
puderam resistir o agir de Deus. Chegou a Reforma! Somente as Escrituras;
Somente a Fé; Somente Cristo; Somente a graça; Somente a Deus a Glória. Mais
uma vez Deus prevaleceu.
O
iluminismo, por sua vez, tentou tirar Deus do centro da história. O Senhor,
porém, desceu e os confundiu novamente, como está escrito: “Destruirei a sabedoria dos sábios
e anularei a inteligência dos inteligentes” (1 Co 1.19). O
liberalismo teológico foi o engodo que estes “sábios” caíram. Tentaram
“conhecer a mente” do Senhor e quiserem Lhe dar conselhos. O que restou?
Fracasso! Foram enquadrados pela doutrina dos homens em detrimento da
doutrina de Deus. Sucumbiram à ensino de demônios.
E
o comunismo!? Tentou colocar Deus no túmulo de várias formas.. A revolução
Russa com o comunismo de Lênin acreditava na violência como principal arma do
marxismo para destruir todas as instituições tradicionais de valores judaico-cristãos.
Em
1929, o comunismo Russo colocou limites rígidos negando influências sobre a
sociedade. Milhares de clérigos foram aprisionados ou liquidados durante a
coletivização da agricultura e dos expurgos de Stalin (474 e 475,4). 3
O terror estalinista varreu luteranos, batistas
e demais igrejas evangélicas.4
O
islamismo, entretanto, tem sido a principal ameaça da atualidade; não ao
Cristo, mas aos cristãos. Estão matando “em nome de Deus”. Porém, infelizmente,
tal coisa não é novidade ao cristianismo. Milhares morreram por causa da
palavra de Deus e do testemunho que deram. Tertuliano acertou, quando disse: “O
sangue dos mártires é a semente da igreja”. Mas o Soberano um dia vingará este
sangue inocente.
O
mundo não conheceu o Deus que sabe sair do túmulo.
Enquanto
o Senhor Jesus estava nessa terra, anunciando o Reino,
Satanás estava sendo destronado do coração de um povo que vivia nas trevas. O
príncipe deste mundo foi expulso (Lc 12.31). Tudo só está cooperando para o
propósito pelo qual Deus Decretou.
Não
há império poderoso que possa deter o avanço do Reino de Deus. Não há ideologia
sábia suficiente que possa fazer calar a teologia dos filhos de Deus. Á Eles
foi dado o mistério do Reino. Não há cadeia; quando todos pensaram, dentro de
uma sala fechada, que Jesus estava morto, lá Ele aparecia Fisicamente sem ninguém
ter aberto a porta, dizendo algo que o mundo ainda não entendeu: “A Paz esteja com vocês”. Não há parede
que detenha a mensagem do Evangelho. Aleluia.
Cristo
prevalecerá; Cristo para os judeus e Senhor para os romanos. Ele é Senhor dos
senhores e Rei dos reis. A verdade é sustentável porque está fundamentada no
Eterno, e não no efêmero. Mataram Jesus! É verdade! Porém, sua morte nos trouxe
vida. O mundo não contava que “Deus saberia sair do túmulo”.
Ele
Vive!
Soli
Deo Gloria!
Fabio
Campos
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Notas
e citações:
1 YANCEY, Philip. O Deus Invisível, p.136.
2
Ibid, p. 130.
3 SHELLEY, Bruce L. História do Cristianismo ao Alcance de Todos, p. 474.
4 Ibid, p. 475.