Escola Bíblica Dominical – 28 de junho de 2015 | Lição 13
Texto Áureo:
Lc 24.5
Verdade
prática: A ressurreição de Jesus é
a garantia de que todos os que morreram em Cristo se levantarão do pó da terra.
Reflexão e
objetivo da aula: “A ressurreição
foi o sinal dado por Deus aos homens de que a justiça de Jesus, o seu
sacrifício, foi aceito para resgate e salvação da humanidade”.
Leitura
bíblica em classe: Lc 24. 1-8
INTRODUÇÃO:
a. Deus nos fez para viver, entretanto, com a queda
veio o pecado, e o pecado gerou a morte. (Veja os termos usados no princípio:
“fôlego de vida”; “alma vivente”; “arvore da vida”).
b. A doutrina da “ressurreição” sempre fez parte da
crença judaica.
“Eu sei que o meu Redentor vive, e que no fim se levantará
sobre a terra”. – Jó 19.25 (NVI)
“Ainda que ele me mate, nele esperarei”. – Jó 13.15 (NVI)
c. Maria e Marta, ainda no contexto judaico, cria na
ressurreição.
“Disse Marta a Jesus:
"Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo
agora, Deus te dará tudo o que pedires". Disse-lhe Jesus: "O seu
irmão vai ressuscitar". Marta respondeu: "Eu sei que ele vai
ressuscitar na ressurreição, no último dia". Disse-lhe Jesus: "Eu sou
a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá”. –
João 11. 21-25 (NVI)
d. A ressurreição de Jesus é a garantia que um dia,
se não formos arrebatados, iremos ressuscitar.
Ø Cristo é a primícia dos que dormem (1 Co 15.20).
Ø Ele não foi o primeiro a morrer; mas o primeiro a
ressuscitar.
“As primícias de qualquer colheita indicam que há
mais colheita por vir”. – D. A. Carson
Ø Por isso, em Cristo, estamos garantidos.
I. A
DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO
1. No contexto do Antigo Testamento.
a. Como já vimos, a doutrina da ressurreição sempre
esteve no bojo teológico dos judeus; e não somente na teoria, mas com muitas
provas factuais.
Ø Elias ressuscitou o filho da viúva de Sarepta (1 Rs
17.17-24).
Ø Eliseu ressuscitou o filho da Sunamita (2 Rs 4.
32-37)
Ø Os ossos do profeta Eliseu ressuscitou um cadáver
quando fora lançado sobre sua cova (2 Rs 13.21).
b. Abrão
crendo nesta doutrina, pela fé, ofereceu seu filho Isaque a Deus em sacrifico.
“Pela fé Abraão, quando Deus o
pôs à prova, ofereceu Isaque como sacrifício. Aquele que havia recebido as
promessas estava a ponto de sacrificar o seu único filho, embora Deus lhe
tivesse dito: "Por meio de Isaque a sua descendência será considerada".
Abraão levou em conta que Deus pode
ressuscitar os mortos; e, figuradamente, recebeu Isaque de volta dentre os
mortos”. – Hebreus 11. 17-19 (NVI).
2. No
contexto do Novo Testamento.
a. Foi pelo Novo Testamento que a doutrina da
ressurreição foi revelada em sua plenitude.
“... sendo agora revelada pela manifestação de nosso Salvador,
Cristo Jesus. Ele tornou inoperante a
morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade por meio do evangelho”. – 2 Tm
1.10 (NVI).
b. Vários foram os eventos envolvendo ressurreições
através de Jesus e dos apóstolos (Mc 5. 35-43; Lc 7.12-17; Jo 11. 11-45; At
9.36; 20. 9,10).
c. O que precisa ficar claro é que todos estes,
mesmos ressuscitados, voltaram a morrer; sendo mais específico no termo, estes
eventos poderíamos dizer que houve uma “ressuscitação”.
SÍNTESE DO
TÓPICO I
A doutrina da ressurreição do corpo está presente
tanto no Antigo Testamento quanto no Novo.
II. A
NATUREZA DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
1. Uma ressurreição
literal.
a. Crer na
ressurreição de Jesus, de forma literal, faz todo sentido para a nossa fé;
Jesus mesmo fez questão de provar isso:
“Vejam as minhas mãos e os
meus pés. Sou eu mesmo! Toquem-me e vejam; um espírito não tem carne nem ossos,
como vocês estão vendo que eu tenho". Tendo dito isso, mostrou-lhes as
mãos e os pés”. – Lucas 24. 39,40 (NVI).
b. A heresia
gnóstica tendia a depreciar o mundo material em detrimento do espiritual.
(ressuscitar num corpo físico, para os gregos, seria um retrocesso).
c. Seitas que
admitem que Jesus ressuscitou apenas em espírito.
Ø Testemunhas de Jeová.
Ø Ciência cristã.
Ø Igreja da unificação.
Ø Kardecismo.
2. Uma
ressurreição corporal.
a. A
ressurreição foi um evento físico; Jesus foi visto no mesmo corpo, porém,
glorificado.
“E Jesus disse a Tomé:
‘Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas mãos. Estenda a mão e coloque-a no meu
lado. Pare de duvidar e creia’". – João 20.27 (NVI)
b. Sem a
ressurreição corporal de Jesus, como disse Paulo, “vã é nossa fé” (1 Co 15.
14-15).
SÍNTESE DO
TÓPICO II
A ressurreição de Cristo foi corporal e
literalmente. Nosso Senhor apareceu aos discípulos durante 40 dias.
III. EVIDÊNCIAS
DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
1. Evidências diretas.
a. Duas classificações: 1) Evidências diretas e 2)
evidências indiretas.
b. Evidências diretas (corpo tangível).
Ø Os discípulos no caminho de Emaús
(Lc 24. 13-35)
Ø Os discípulos conversaram e
comeram com Ele.
2. Evidências indiretas.
a. A ressurreição tornou-se o “principal tema” da
pregação da igreja primitiva.
“Deus ressuscitou este Jesus,
e todos nós somos testemunhas desse fato”. – Atos 2.32 (NVI)
b. O teólogo
alemão, Paulo Althaus, diz:
“a afirmativa sobre a ressurreição
não teria se sustentado em Jerusalém nem por um único dia, por uma única hora,
se o vazio do túmulo não se tivesse estabelecido como fato para todos os
envolvidos” [1].
c. A incredulidade
dos apóstolos, de inicio, é umas das grandes e indiretas evidencias de que
Jesus ressuscitou dentre os mortos (J. C. Ryle).
d. Se os
apóstolos, por fim creram, a ressurreição tem de ser um acontecimento
verdadeiro.
e. O dr.
Michael Licona observa:
“É interessante que o túmulo vazio
não convenceu a nenhum dos discípulos – com a possível exceção de João – de que
Jesus teria voltado da morte, Foram as aparições de Jesus que os convenceram, e
estas não podem ser explicadas pela teoria do ressepultamento” [2].
e. O
historiador judeu Josefo, que viveu entre 37 e 95 d.C, diz em sua obra
“Antiguidades” acerca da ressurreição de Jesus:
“Nesta época existia Jesus, um
homem sábio, se é que realmente é correto chamá-lo de homem; pois Ele era um
realizador de obras maravilhosas, um professor dos homens que recebiam a
verdade com prazer; e Ele conquistou para si muitos judeus e muitos dos gregos
também. Este era o Cristo. E quando, depois da acusação dos líderes entre nós,
Pilatos o condenou à cruz, aqueles que o haviam amado a princípio não cessaram,
pois Ele apareceu para eles vivo novamente no terceiro dia, como os profetas
divinos haviam dito estas e dez mil outras coisas maravilhosas a respeito Del.
E mesmo agora, as ‘seita’ dos cristãos, assim chamada por causa deste [homem],
não terminou”.
SÍNTESE DO
TÓPICO III
O encontro dos discípulos com Jesus ressurreto no
caminho de Emaús é um exemplo de evidência direta, enquanto que o ambiente do
Pentecoste demonstra os discípulos de Jesus mais fortes e maduros na fé.
IV. O
PROPÓSITO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
1. Salvação e justificação.
a. Salvação:
a ressurreição foi a prova que Deus Pai aceitou o sacrífico do Filho (Lc
24.46-48).
“Vocês são testemunhas destas
coisas”. – Lucas 24.48 (NVI)
b. Ele é o Deus que se fez carne;
por isso e encarnação de Jesus é uma doutrina fundamental do cristianismo (Jo
1.14).
c. Ele é o único mediador entre Deus
e o homem; sua mediação não é em “espírito”, mas em carne (pois Ele
ressuscitou).
“Pois há um só Deus e um só
mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus”. – 1 Timóteo 2.5 (NVI).
d. Ele nos salva dos pecados (1 Tm
1.15).
Ø Justificação (livres da pena do
pecado)
Ø Santificação (purificação dos
pecados)
2. A redenção do corpo.
a.
Glorificação (livres da presença
do pecado), pois Ele morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para nossa
justificação (Rm 4.25).
b. O cristão não precisa temer a morte e nem o
destino da sua alma.
Ø Citar o testemunho do D. Martyn Llod-Jones no leito
de morte.
c. Myer Pearlman, diz:
“A morte não é um estado, para
o cristão, apenas uma ponte do humano para o celestial, do imperfeito para o
perfeito, da canseira para o descanso. (...). Ao olharmos para o túmulo de um
cristão, podemos dizer ‘Não está aqui, graças a Deus. Está junto do Mestre’”.
SÍNTESE DO
TÓPICO IV.
O propósito da ressurreição de
Jesus é salvar, justificar e redimir o corpo de todo aquele que crer e se
arrepender dos seus maus caminhos.
CONCLUSÃO
1. A notícia do anjo dada as mulheres precisa nos
encher de esperança: “Ele não está, mas ressuscitou!”
2. C. S. Lewis diz que Jesus era mais real do que
aquelas paredes de concreto; pois, devido ao pecado fomos expulsos do mundo
real e lançados para este que é temporal, como diz Paulo: “As coisas que se
veem, são transitórias; mas as que não se veem, são eternas”.
3. “A experiência humana
sugere a existência de outro mundo mais maravilhoso, no qual reside nosso
verdadeiro destino, mas, atualmente, estamos do lado errado da porta que dá
acesso para ele”. – C. S. Lewis.
4. "Através de Jesus, a consciência de Deus chegou a
milhões de homens e mulheres. O tempo não fez desbotar seu retrato vívido. A
poesia ainda canta os seus louvores. Ele é ainda o companheiro vivo de vidas
incontáveis. Nenhum muçulmano canta: 'Maomé, que ama a minha alma', e nenhum
judeu diz a Moisés: 'Cada momento preciso de ti'". - Rabino Salomão
Freehof
5. Porque Ele vive, posso crer no amanhã.
Soli Deo Gloria!
Fabio Campos
Aula ministrada na ICTJ dia 28/06/2015
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Referências
bibliográficas:
Escola Bíblica dominical. Jesus, o homem perfeito. 2º trimestre de 2015; CPAD;
lição 13.
RYLE. J. C. Meditações
no Evangelho de Lucas.
São José dos Campos, SP; Fiel, 2013.
RICHARDS, Lawrence O. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro, RJ; CPAD, 2014.
CARSON, D.A. Comentário
Bíblico Vida Nova. Vida Nova, 2012. São Paulo, SP
PEARLMAN. Myer. Lucas, o evangelho do homem perfeito.
Rio de Janeiro, RJ; CPAD, 2012, 10º impressão.
[1] McDOWELL,
Josh & McDOWELL, Sean. Mais que um carpinteiro. São
Paulo, SP; Hagnos, 2012; p. 144
[2] Ibid, p. 150.