Por
Fabio Campos
Texto
base: “... caiu a chuva,
transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela
casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína”.
– Mateus 7. 27 (ARA)
Nestes
dias uma irmã muito abençoada compartilhou uma situação que trouxe uma reflexão
ao meu coração. Ela trabalha no mercado financeiro, e como muitos sabem, instituições esta
área para incentivar os funcionários a “baterem e superarem” suas metas, propõe
premiações que são entregues aqueles que atingirem o objetivo proposto.
Participando de uma destas campanhas, a irmã, junto da sua equipe, fez um
excelente resultado. Era tão certa a vitória que de antemão eles combinaram uma
confraternização para receber a notícia.
Veio
o resultado, e para a surpresa e espanto geral, um mero sexto lugar foi
recebido com sabor de fel. Não conformado, o líder da equipe que é cristão,
propôs aos membros cristãos que abrissem um propósito com Deus. Eles queriam
entender o que estava por de traz daquela “derrota”. Não demorou muito para “aquilo que estava escondido viesse à luz”. Três equipes conseguiu o resultado
por meios “fraudulentos”. De sexto, a equipe assumiu o terceiro. Resumindo,
eles foram recompensados com as premiações. A honestidade da equipe foi
honrada!
“Uma
hora a casa cai”, como é citado pelos “manos” (rs). A Bíblia diz que “Deus trará a julgamento tudo o que
foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mau”
(Ec. 12.14). Uma hora, ainda que tarde, tudo virá à tona, como está escrito: “Os pecados de alguns são
evidentes, mesmo antes de serem submetidos a julgamento, ao passo que os
pecados de outros se manifestam posteriormente” (1
Tm 5.24).
Muitos
acham que só porque as coisas estão indo “bem” mesmo fazendo o errado, tudo caminhará
eternamente deste jeito. Deus pela sua misericórdia está sendo paciente para que
tal pessoa tenha tempo em se arrepender (2 Pe 3.9). Entretanto, Ele trabalha
com medidas (Gn 15.16); no decorrer que esta medida vai se enchendo, o juízo
vai se aproximando. Quando a medida se enche, junto dela chega o juízo, e este
vem acompanhado de muita severidade (Rm 11.22), como está escrito: “Horrenda coisa é cair nas mãos do
Deus Vivo” (Hb 10.31).
Construir
um castelo de areia é muito fácil. Além de rápido, não exige muito esforço. Em
pouco tempo você consegue erguer algo muito bonito aos que o contemplam, entretanto,
sem alicerce para “resistir” as tempestades que certamente virão. Pessoas assim
fazem tudo nas “coxas” e no improviso. Sempre articulando meios com o famoso “jeitinho
brasileiro”. Aparentemente tudo dá certo para estes; sobem rápido, entretanto, também
caem rápido; e quando caem, “grande é a sua ruína”.
Diferente
do diligente e honesto! Para construir um edifício seguro, o primeiro passo é
“fincar os alicerces”. Alicerce, além de demorado e trabalhoso, por muito tempo
não é visível aos de fora. É despercebido! Cimentar tijolo por tijolo é um
trabalho árduo que não demanda aplausos, apenas suor. Muitos que acompanham
esta “construção” desacreditam que aquilo um dia virá a ser algo belo e grande.
Mas o prudente fecha os olhos para a sedução “do ter”, e rejeitando as
propostas “práticas”, com honestidade, prioriza “o ser”. Ao término da
construção - assim como ocorre ao insensato que construiu o seu “castelo de
areia” - a tempestade deu de encontro casa do prudente. No entanto, permaneceu
de pé, e desta intempérie saiu muito mais forte do que já era.
Ainda
que você saia prejudicado, não entre no pragmatismo proposto pelo mundo, ou
seja, “os fins justificam os meios” (Sl 15.4). Não existe pessoa mais
inteligente do que aquela que teme a Deus e O honra nos seus afazeres (Pr 1.7).
Muitas são as propostas de “fraudar algo” para sobressair sobre os demais,
entretanto, o conselho de Deus é claro: “Meu
filho, se os maus tentarem seduzi-lo, não ceda”
(Pr 1.10).
As
tempestades veem para todos, mas só aquele que “construiu a sua vida sob a
“Rocha”, permanecerá. É bom estar em evidencia, entretanto, muitos estão saboreando
uma refeição por meios “tenebrosos”, como está escrito: “Saborosa é a comida que se obtém
com mentiras, mas depois dá areia na boca” (Pr 20.17). Não
entendeu? Ponha um punhado de areia em sua boca e mastigue.
É
justamente isto que sobrará a todos aqueles que alicerçaram sua vida na mentira,
construído castelos lindos a vista dos homens, porém fracos e sem fundamentos
sólidos que não poderá resistir a primeira verdadeira tempestade. Infelizmente
seu castelo desabou, como dizem: #partiu!
Considere
este artigo e arrazoe isto em seu coração,
Soli Deo Gloria!
Fabio
Campos
fabio.solafide@gmail.com