Escola Bíblica Dominical – 26 de Abril de 2015 | Lição 4
Texto Áureo:
Hb 4.15
Verdade
prática: Jesus firmou-se na Palavra
de Deus para vencer Satanás. Assim devemos agir para obter a vitória.
“Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não
pecar contra ti”. – Sl 119.11 (AFC).
Não basta ter a palavra na
mente, é necessário tê-la no coração se quisermos ter vitória contra o pecado.
Leitura
bíblica em classe: Lc 4. 1-13
INTRODUÇÃO:
1. Deus teve apenas um Filho que nunca pecou, contudo
Ele não teve nenhum que não foi tentado.
2. Jesus mesmo sendo divino, foi tentado, porém, na
sua natureza humana.
3. A tentação é personalizada; é oferecida com a
concupiscência daquele que é tentado.
I. A REALIDADE
DA TENTAÇÃO
1. Uma realidade humana
a. “Jesus também era diferente das divindades pagãs
em outras características. As histórias retratam os deuses e as deusas da
mitologia como seres sujeitos às paixões pecaminosas que também pairam sobre a
humanidade: luxúria, orgulho, ambição egoísta e calúnia” (Comentário
histórico-cultural do NT, p. 140).
b. O Espírito
Santo quem levou Jesus para o deserto afim de ser tentado.
c. A tentação de Jesus foi diferente da nossa; nós
somos tentados de “dentro para fora”; Jesus foi tentado de “fora para dentro”,
pois diferente de nós, no Seu coração não havia mácula.
d. Jesus enfrentou a tentação pela natureza humana,
pois o texto diz que depois de quarenta dias, “teve fome” (v. 1-2).
2. Vencendo
a tentação.
a. Jesus “abdicou dos seus privilégios divinos” usou
as armas espirituais nesta batalha: Jejum, Palavra e oração.
b. Se Jesus usou, por que nós não deveríamos usar?
c. John Piper diz que “Jejum é fome de Deus”.
d. Quando comemos o maná da terra, saciamos o nosso
físico; quando jejuamos, nos alimentamos do próprio “pão do céu”.
SÍNTESE DO
TÓPICO I
A tentação é uma realidade para todos os filhos de
Deus.
II. A
TENTAÇÃO DE SER SACIADO.
1.
A sutileza da tentação.
a. As vezes o
que nos separa de Deus é um pudim; ou uma garrafa de coca-cola, etc. Que mal
teria de Jesus comer um pão? Não foi Ele mesmo que fez uma multiplicação?
b. Na verdade
Satanás queria que Jesus usasse seus poderes divinos para satisfazer suas
necessidades à parte da vontade de Deus.
c. O pecado
está quando colocarmos as necessidades imediatas à frente dos objetivos
eternos.
d. John
Charles Ryle diz que “se não pode impedir-nos de ir ao
céu, Satanás de alguma maneira se esforçará para tornar nossa jornada bastante
dolorosa. Se não pode destruir nossas almas, pelo menos ele ferirá os nossos
calcanhares (Gn 3.15)”.
p. 57
2. Gratificação
pessoal.
a. O intuito
da tentação é sempre saciar para uma “gratificação pessoal”.
b. As vezes
travestimos nossas “concupiscência” em “jejuns”, pois o fazemos para nossos
próprios deleites.
c. O Senhor
não aceitou o jejum do seu povo (Is 58), pois suas motivação era no seu “próprio
interesse”.
Ø Contendas e rixas (parecer mais
santo do que o outro)
Ø Trazer um conforto para a
consciência através de penitencias em detrimento daquilo que Deus realmente
exigia, a saber, libertar os escravos, libertar os oprimidos, repartir o pão com
o faminto e abrigar os pobres.
SÍNTESE DO
TÓPICO II
Jesus foi tentado a satisfazer sua necessidade de
ser saciado.
III. A
TENTAÇÃO DE SER CELEBRADO.
1. O príncipe deste mundo.
a. O mundo jaz no maligno por isso não podemos
esperar ser saciados através das coisas que ele nos oferece.
“Se eu descubro em mim mesmo um desejo que nenhuma
experiência deste mundo consegue satisfazer, a explicação mais provável é que
fui criado para outro mundo”. – C. S. Lewis
b. C. S. Lewis e o pensamento das “Crônicas de
Nárnia”:
“A experiência humana sugere a existência de outro mundo mais
maravilhoso, no qual reside nosso verdadeiro destino, mas, atualmente, estamos
do lado errado da porta que dá acesso para ele”. – C. S. Lewis
c. A experiência do irmão:”... pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo” (2 Co 6.10b).
“Os homens bons usam o mundo para desfrutar de Deus; os homens maus
querem usar Deus para desfrutar do mundo”. - Agostinho
2. A busca pelo poder terreno.
a. A soberba
da vida, a concupiscência da carne e a ostentação dos bens não procedem de
Deus.
b. A busca
pelo poder terreno (teólogos da prosperidade).
c. Satanás
muitas das vezes nos leva “até o pináculo do templo” para fazer-nos ganhar o
“mundo inteiro” para “perder a alma”.
SÍNTESE DO
TÓPICO III
Como homem, Jesus foi tentado a buscar honra e
celebração para si.
IV. A
TENTAÇÃO DE SER NOTADO.
1. A artimanha do inimigo.
a. O diabo
não desiste, pois uma de suas “virtudes” é a persistência.
b. Quando satanás se afasta, tenha
por certo que ele voltará com mais empenho em ocasião oportuna. Ele sempre
“volta para ver se a casa de onde saiu está vazia” (Mt 12.43-44).
c. Nós, por sua vez, precisamos ser
mais perseverante do que ele, pois está escrito:
“Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao Diabo, e ele fugirá
de vós” (Tg 4.7).
d. Foi isso que fez o Senhor.
e. O diabo é sofista. As seitas
sempre modificam a Palavra e Deus para acomodarem suas heresias. Satanás
continua usando o mesmo método que usou no princípio: “É assim que Deus disse”?
“É certo que não morrereis”. (Gn 3).
2. A busca pelo prestigio.
a. Quando satanás quer nos derrubar, 1) primeiro ele nos “coloca no pináculo
do templo”; 2) quando ele quer nos
estourar, primeiro ele nos “incha”.
b. O conselho do Pr. Paulo Romeiro: “Se Deus não te
der um ministério grande, agrade-O por isso”, certamente Ele te poupou de uma
grande queda.
c. O diabo ainda continua a argumentar: “Se tu és
filho de Deus”:
Ø Faça uma oração que vai impressionar.
Ø Cante mais alto.
Ø Dê um glória a Deus mais alto que o outro.
Ø Se mostre mais espiritual.
Ø Demonstre que você é um eloquente intelectual.
Ø Prove!... prove!... se mostre! para que “todos
vejam que você é filho de Deus”.
d. A Escritura nos ensina a andarmos na “contra mão”
de tudo isso aí:
“... não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às
humilde...”. – Rm 12.16 (AFC)
SÍNTESE DO
TÓPICO IV.
Jesus venceu a tentação de ser notado pelos homens.
CONCLUSÃO
1. Adão foi vencido no jardim; Jesus venceu no
deserto.
2. Jesus venceu o mundo como homem; pois a arma que
Ele utilizou não foram “carnais”, mas “espirituais”, a saber: “Jejum, oração e
Palavra (contar do devocional do Pr. Russell Shedd).
3. O espinho na carne nos torna mais humildes e
dependentes de Deus.
“[para
vencer a tentação] você precisa pedir a ajuda de Deus. Mesmo depois de pedir,
poderá ter a impressão de que a ajuda não vem, ou vem em dose menor que a
necessária. Não se preocupe. Depois de cada fracasso, levante-se e tente de
novo. Muitas vezes, a primeira ajuda de Deus não é a própria virtude, mas a
força para tentar de novo. Por mais importante que seja a castidade (ou a
coragem, a veracidade ou qualquer outra virtude), esse processo de treinamento
dos hábitos da alma é ainda mais valioso. Ele cura nossas ilusões a respeito de
nós mesmos e nos ensina a confiar em Deus. Aprendemos, por um lado, que não
podemos confiar em nós mesmos nem em nossos melhores momentos; e, por outro,
que não podemos nos desesperar nem mesmo nos piores, pois nossos fracassos são
perdoados. A única atitude fatal é se dar por satisfeito com qualquer coisa que
não a perfeição”. – C. S. Lewis.
4. Que Deus nos dê graça para vencermos a carne o
mundo e o diabo.
Soli Deo Gloria!
Fabio Campos
Aula ministrada na ICTJ dia 26/04/2015
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Referências
bibliográficas:
Escola Bíblica dominical. Jesus, o homem perfeito. 2º trimestre de 2015; CPAD;
lição 4.
WARREN W. Wiersbe. Comentário
Bíblico NT. Santo
André, SP; Central Gospel, 2009.
RYLE, J. C. Meditações
no Evangelho de Lucas.
São José dos Campos, SP; Fiel, 2013.
LEWIS, C. S. Cristianismo
puro e simples.
São Paulo, SP; Martins Fontes, 2014.
RICHARDS, Lawrence O. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro, RJ; CPAD, 2014.