Escola
Bíblica Dominical – 29 de Março de 2015 |
Lição 13
Texto Áureo: Rm
3.31
Verdade prática: O
grande desafio da igreja é cumprir essa lei, entretanto, na perspectiva da
graça; não pelo medo, mas pelo amor, como está escrito:
“Porque nós pelo Espírito da fé aguardamos a esperança da
justiça. Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor
algum; mas sim a fé que opera pelo amor”. – Gl 5. 5-6 (AFC)
Leitura bíblica em classe: Mt
5. 17-20; Rm 7. 7-12
INTRODUÇÃO:
1. A retrospectiva do
trimestre: Os dez mandamentos e os seus valores para uma sociedade em constante
mudança.
2. A Lei é todo o
Pentateuco, pois abrange todos os aspectos da sociedade de Israel: religioso,
moral e civil.
I. O QUE SIGNIFICA CUMPRIR A LEI?
1. Completar a revelação.
a. A lei é a sombra dos bens vindouros e não a imagem real das
coisas (Hb 10.1).
b. Jesus é a imagem do Deus invisível (Cl 1.15).
“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas
maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo
Filho” – Hb 1.1. (AFC)
2. Cumprimento das profecias.
a. O grande argumento
dos apóstolos ao Messias que deveria aparecer era a despeito dos “cumprimentos
das profecias” do Cristo (messias) de Deus.
“... mas Deus assim cumpriu o que já dantes anunciara por
boca de todos os profetas que o seu Cristo havia de padecer”. – At 3.18 (NVI)
“Paulo, segundo o seu costume, ali entrou, e por três sábados
discutiu com eles, tirando argumentos das Escrituras, expondo e demonstrando
ser necessário que o Cristo padecesse e ressurgisse dentre os mortos. Este
Jesus, que eu vos anuncio, dizia ele, é o Cristo”. – At 17. 2-3 (NVI)
“Pois eu vos entreguei primeiramente o que também recebi: que
Cristo morreu por nossos pecados segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e
que foi ressuscitado ao terceiro dia segundo as Escrituras”. – 1 Co 15. 3-4
(NVI)
b. O Antigo Testamento
contém sessenta principais profecias messiânicas e aproximadamente 270
ramificações todas elas cumpridas em uma só pessoa, a saber, Jesus Cristo.
c. Aproximadamente
quarenta homens já afirmaram ser o messias, mas apenas um – Jesus Cristo –
apelou para o cumprimento das profecias a fim de substanciar suas afirmativas,
e somente suas credenciais garante essas afirmativas.
d. Certa editora
ofereceu um prêmio de mil dólares para quem conseguisse encontrar outra pessoa
viva ou morta, além de Jesus Cristo, que pudesse cumprir apenas metade das
previsões messiânicas delineada nos testamentos. Não houve quem reclamasse o
prêmio.
3. O centro das Escrituras.
a. Jesus é o centro das
Escrituras: Veja a ordem que a “Bíblia em ordem cronológica” da Editora Vida
inicia a sua tradução:
“No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com
Deus, e era Deus. Ela estava com Deus no princípio. [Todas as
coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido
feito”]. – Jo 1. 1-3 (NVI)
“Antes de nascerem os montes e de criares a terra e o mundo,
de eternidade a eternidade tu és Deus”. – Sl 90.2 NVI)
“No princípio Deus criou os céus e a terra”. – Gn 1.1 (NVI)
b. Mesmo sendo alguém
versado no Antigo Testamento, com a conversão, Paulo não pregava outra cousa a
não ser “o Cristo crucificado” (1 Co 2.2).
c. O príncipe dos
pregadores, Charles Spurgeon, qualquer texto que ele utilizava para fundamentar
o seu sermão, mesmo que fosse o do Antigo Testamento, no decorrer da exposição,
caminhava com ele até a cruz do calvário. Cristo deveria ser proclamado, e este
crucificado.
SÍNTESE DO TÓPICO I
As
profecias foram cumpridas em Cristo, e Cristo cumpriu a lei por nós para que
fossemos justificados pela fé nEle.
II. O SENHOR JESUS VIVEU A LEI
1. Preceitos cerimoniais.
a. Jesus cumpriu todo o preceito cerimonial da lei: Ex. 1) a crucificação, como está escrito: “maldito todo aquele que for
pendurado no madeiro” (Dt 21.23; Gl 3.13).; 2) o Cordeiro Pascal (1
Co 5.7).
“Estas coisas são sombras do que haveria de vir; a realidade,
porém, encontra-se em Cristo”. – Cl 2.17 (NVI)
2. Preceitos civis.
a. A igreja é o representante legal de Deus aqui na terra (1 Pe
2.9). Não somos teocráticos, pois seria um erro impor a lei de Deus num estado
“não regenerado”.
b. O escritor Leon Tolstoi, do século XIX, queria fazer do
sermão do monte a base da colônia que instalou em uma grande área. Fracassou
totalmente porque faltaram, na composição da colônia, elementos regenerados,
cheios do fruto do Espírito.
“... a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se
submete à lei de Deus, nem pode fazê-lo”. – Rm 8.7 (NVI)
c. A lei e o cachorro: Somos o cachorro que após ser educado, ao
ver um gato em sua frente, não consegue dominar seus instintos e ataca o gato.
A lei do instinto domina, mesmo depois de ficar convencida pelo erro. A vontade
“carnal”, isto é, do homem sem assistência do Espírito, é totalmente incapaz de
se aniquilar. Isso faz parte de sua natureza caída e egoísta.
3. Preceitos morais.
a. Jesus cumpriu os preceitos morais para satisfazer a justiça
de Deus. Esta lei ainda é vigente à igreja para o seu cumprimento, não para a
salvação, mas porque já foi salvo (Ef 2. 8-9).
b. Agostinho disse: “Ame
a Deus e faça tudo o que você quiser”.
c. Acerca do cumprimento da Torá (Pentateuco), o Rabi Hileu
disse: “O que você abomina, não faça a seu próximo. Essa é toda a Torá. O resto
é comentário”.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Jesus
viveu toda a lei e se fez lei por nós. Ele trocou de lugar conosco.
“Na
cruz, a dívida do pecado foi paga. Na ressurreição, Ele veio nos oferecer um
relacionamento que transforma a vida”. – Russell Shedd
III. A LEI NÃO PODE SER REVOGADA
Pergunta para a classe: “Jesus
aboliu a lei”?
1. Jesus
revela seu pensamento sobre a lei.
a. De forma alguma
Jesus reagiu contra a lei; pelo contrário, Ele veio cumprir a lei para que
pudéssemos, pela fé Nele, cumprir todos os seus preceitos e sermos justificados
perante Deus.
“Porque, aquilo que a lei fora incapaz de fazer por estar
enfraquecida pela carne, Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança
do homem pecador, como oferta pelo pecado. E assim condenou o pecado na carne,
a fim de que as justas exigências da lei fossem plenamente satisfeitas em nós”.
– Rm 8. 3-4 (NVI)
b. Jesus esclareceu a
lei ao apontar a incapacidade do homem de cumpri-la.
“A
lei não ensina o que os homens podem fazer, mas o que os homens devem
fazer”. – Martinho Lutero
2. Até que o céu e a
terra passem.
a. A lei vigora até o dia de hoje e continuará até a consumação
dos séculos. Todo ser humano será julgado através dela. Todavia, haverá os que
serão julgados nos méritos de Jesus e os que serão julgados nos seus próprios
méritos.
“Pois estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com
justiça, por meio do homem que designou”. – At 17.31 (NVI)
b. Todos nós compareceremos no tribunal de Deus para darmos
conta da nossa vida (2 Co 5.10).
3. O menor
mandamento.
a. Ainda que haja a possibilidade de haver um “menor
mandamento”, toda a Bíblia deve ser observada com reverencia:
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino,
para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça”. – 2 Tm 3.16
(NVI)
SÍNTESE DO TÓPICO III
A
lei é eterna e não pode ser anulada. Precisamos tomar cuidado com pessoas que
diz haver “distinção entre a lei de Moisés e a lei de Deus”.
“A
lei foi concedida por Deus para que busquemos a graça, e a graça nos é
oferecida para que possamos cumprir a lei”. – Agostinho de Hipona
IV. A LEI E O EVANGELHO.
1. O papel da lei.
a. A lei veio para mostrar:
Ø Nossa incapacidade em cumpri-la (Gl 2.16)
Ø Somos mal e Deus é bom (Rm 7. 12-13)
b. O “anti” [contra] “nomismo”
[lei] depende de uma graça barata em vez da graça transformadora pela qual o
filho de Deus recebe uma dose transbordante do amor de Deus (Rm 5.5). A fome
pela justiça (Mt 5.6) motiva o cristão a buscar o reino de Deus (Mt 6.33).
c. O cristão é livre,
entretanto, pelo o Espírito obedece a lei de Deus (Rm 7 – 8)
“A lei me leva até Cristo; Cristo me justifica e me leva até
a lei”. – Martinho Lutero
2. Jesus e Moisés
estão do mesmo lado.
a. “O salvo vive como salvo”. – João Calvino
b. Todo cristão
autentico tem prazer na lei de Deus e deseja cumprir os seus mandamentos. Não
pelo temor, mas pelo amor. (Jo. 17.17; santificação)
c. Em Cristo somos
livres para contemplar a sua face, para sermos transformados a sua própria imagem
e semelhança (2 Co 3. 17-18); este é o propósito principal para todos aqueles
que amam a Deus, que foram chamados segundo o seu propósito (Rm 8. 28-29).
“O
que preocupa nosso Deus não é se nos conformamos a um padrão de comportamento
aceitável ao pastor e aos diáconos, mas se reconhecemos o quanto nos falta para
sermos conformes à imagem de Jesus Cristo”. – Russell Shedd
3. A
justiça dos fariseus.
a. Jesus diz que a lei, agora no Novo Testamento, é cumprida
pelo amor e não pelo medo.
b. A lei que antes fora registrada nas tábuas de pedra (sem
vida), agora é registrada no coração de carne (com vida).
"Esta é a aliança que farei com a comunidade de Israel
depois daqueles dias", declara o Senhor: "Porei a minha lei no íntimo
deles e a escreverei nos seus corações. Serei o Deus deles, e eles serão o meu povo”.
– Jr 31.33 (NVI)
SÍNTESE DO TÓPICO IV.
A
função da lei era apontar para a santidade e a justiça de Deus. A salvação só
foi fácil porque a cruz foi difícil.
CONCLUSÃO
1. Só poderá entrar no céu pessoas que NUNCA pecaram,
como está escrito:
“Pois quem obedece a toda a Lei, mas tropeça em apenas um
ponto, torna-se culpado de quebrá-la inteiramente”. – Tg 2.10 (NVI)
2. Em Cristo somos
justificados pela fé e aceitos em com amor eterno, como está Escrito:
“Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É
Deus quem os justifica.
Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós”. – Rm 8. 33-34 (NVI)
Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós”. – Rm 8. 33-34 (NVI)
3. Só nos resta adorar
e amar Nosso Senhor por tudo aquilo que Ele é e, por aquilo que Ele fez em nós
e por nós.
“Toda
a teologia se resume na graça. Toda a ética cristã surge da gratidão”. – F. F.
Bruce
Soli Deo Gloria!
Fabio Campos
Aula ministrada na ICTJ dia 29/03/2015
______________________________________________
Referências bibliográficas:
Escola Bíblica dominical. Os dez mandamentos. 1º trimestre de 2015; CPAD; lição 13.
LUTERO, Martinho. Nascido
Escravo. São José dos Campos, SP; Editora Fiel,
2009.
SHEDD, Russell. Lei, Graça e
Santificação. São Paulo, SP; Vida Nova,
2005.
MANNING, Brennan. A assinatura
de Jesus. São Paulo, SP; Mundo Cristão, 2006.
McDOWELL, Josh & McDOWELL, Sean. Mais que um carpinteiro. São Paulo, SP; Hagnos, 2012.
A Bíblia em
ordem cronológica.
São Paulo, SP; Editora Vida, 2003.