Por Fabio Campos
Texto
base: “Pois em Deus não há parcialidade”. – Romanos 2.11 (NVI)
Certa vez, um pastor, contou um relato (verídico) onde um
missionário estava na missão no país da África do Sul. Devido o “apartheid” o preconceito racial era muito grande, e desprezar os negros
era um comportamento absolutamente comum para aqueles racistas. Este
missionário recebeu em sua casa as principais autoridades daquele país.
Ao receber esta
“notável” visita (a vista dos homens), constrangido de que estas autoridades o
atrelasse aos zulus, o missionário, então, fechou a janela, pois ela dava exatamente
para o lugar onde os zulus estavam reunidos. Na medida em que ele fechava a
janela, para que as autoridades não percebessem a sua comunhão com os zulus, o
Espírito de Deus segredou no coração dele: “Feche a janela e Eu Fico do lado de
fora”.
Lamentavelmente
vemos que há em algumas igrejas certa distinção no tratamento para com o pobre
para com o rico. Repare como os artistas e políticos são saudados por esses
“pastores”. Geralmente estes líderes são pastores de multidão. Amam a massa,
mas não se achega ao individuo. Faça uma pesquisa na igreja e você vai
comprovar que 80% dos membros nunca tomaram um café num tempo de quinze minutos
com estes “bispos” e “apóstolos”. Alguns nunca o cumprimentaram pessoalmente.
O favoritismo
pelos “homens que são”, ao contrário de
Deus que escolheu os “que não são”, por estas
igrejas é grande. O cara mal chega dizendo que é evangélico, e por ter certa influência
na sociedade logo já é posto por líder ou pastor. Que desgraça! O resultado
disto é desastroso. Gente ímpia governando a igreja de Deus. Nestas igrejas
você pode até ser vocacionado, mas se não tiver um bom emprego - uma conta bancária
considerável ou não for “esteticamente” bonito aos olhos do mundo, sem chance
para você no que concerne às aparições públicas. Esquecem que o pobre íntegro é
melhor do que o rico perverso (Pr. 19.1). Isso é pecado e saiba que tal líder
tem por “deus” a mamon (Mt 6.24).
O texto de Tiago
[2.1-9] é bem claro e denuncia este “favoritismo”. Imagine você - dois homens
chegando para prestar o culto a Deus. Tiago diz que os dois são crentes de
verdade. Todavia, um é bem pobre, ao ponto de Tiago chama-lo de “pobre
andrajoso” (mendigo para nós); já o outro é um homem muito rico que se
destaca pelas suas lindas vestes e pelo o seu anel de ouro. O pobre chegou
primeiro no culto; o rico chegou depois. O que estava acontecendo, é que o
pobre (por ser mendigo) deveria ceder lugar para o rico.
Entretanto, o
pobre só tinha aquela roupa. Ele trabalhava e dormia com ela, e por estar gasta e
cheia de manchas, o pobre, devia ceder o seu lugar para o rico (hoje seria o
púlpito [para contar o seu testemunho] e os primeiros lugares) e tinha que
ficar lá traz da igreja e em pé.
Não é isto o que
vemos hoje? Parcialidade dentro das igrejas? Dentro da igreja do Senhor Jesus não existe rico nem pobre –
famoso ou gente comum. Todos são igualmente pecadores perdoados por Deus.
Tratar alguém com favoritismo – seja por ser rico ou famoso – em detrimento do
pobre e daquele que tem a vida “comum” – é pecado, pois tal coisa não está certa
diante de Deus.
Muitos usam o argumentam que, por ser “famosa” ou “rica”, tal
pessoa, trará um numero maior de pessoas ao Evangelho. Será? Deus precisa do
homem para converter o coração de alguém? Não seria Ele poderoso para das
pedras “suscitar” filhos de Abraão (Mt 3.9)? Não é mais o Espírito Santo quem convence
o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8)? Você acha mesmo que Deus
está desesperado em busca da multidão sendo que para Ele uma “alma vale mais
que o mundo todo”? Sinceramente, tal argumento é posto para trazer um conforto
na consciência culpada destes líderes devido o pecado da “parcialidade”.
Nada dentro da igreja deve ser feito com favoritismo (1 Tm
5.21). Deus não olha como o homem olha, pois Ele não vê a conta bancária, mas o
coração (1 Sm 16.7). Paulo detestava este tipo de comportamento e jamais agiria
desta forma, como ele mesmo disse: “Quanto aos que pareciam influentes — o que eram então não
faz diferença para mim; Deus não julga pela aparência — tais homens influentes
não me acrescentaram nada” (Gl 2.6) NVI.
Você pode até ficar empolgado e ostentar que tal artista é da
sua igreja, todavia, Deus não considera assim e odeia tal comportamento, como
está escrito: “Não é verdade que ele não mostra parcialidade a favor dos príncipes,
e não favorece o rico em detrimento do pobre, uma vez que todos são obra de
suas mãos” (Jó 34.19 NVI). “Coitado” do irmão
pobre que serve a igreja com tantas dificuldades. Sente-se zombado e menosprezado;
mas Deus toma a dor dele e sente o que ele sente. Deus se volta contra aqueles
que exaltam o “artista” em detrimento do popular (Pr 17.5).
Que Deus nos livre desta praga que se instalou no seio de
algumas igrejas, ou seja, o favoritismo que tem por crivo a “posição social”.
Tal coisa não tem nada a ver com o Evangelho e longe está da postura do
Soberano Senhor - Criador dos Céus e da Terra, dono do ouro e da prata - mas
que preferiu vir a terra como servo. Tinha toda a Glória, mas esvaziou a si
mesmo e se fez pobre (Fp. 2. 5-11); por isso foi desprezado, pois a sua
aparência não tinha beleza (Is 53.8). Muitos por analisar somente a aparência
estão rejeitando o próprio Senhor Jesus.
No entanto, O “manso e humilde” de coração é Rei dos reis e
Senhor dos senhores. A maioria dos seus escolhidos não é sábio segundo o mundo
- e nem poderosos de nobre nascimento. Ele escolheu as coisas fracas do mundo
para confundir as fortes; as coisas humildes e as desprezadas (aqueles que mal
são visto) para reduzir aqueles que são bem visto (1 Co 2.26-28).
Tudo porque “não há justo se quer (Rm 3.10)”; todos voltarão
ao pó (Gn 3.19); por isso ninguém (seja o gari ou o presidente da república)
poderá se gloriar diante de Deus (1 Co 2.29). Fuja disto e não seja conivente
com o comportamento destes líderes; pois a Escritura exorta a agirmos diferentes
de tudo isto que temos visto dentro destas igrejas que preferem os artistas.
Fique do lado que o Senhor está, pois assim Ele diz:
“Tenham uma mesma atitude uns para com os outros. Não sejam
orgulhosos, mas estejam DISPOSTOS a
associar-se a PESSOAS de POSIÇÃO INFERIOR”. – Romanos 12.16
(NVI)
Considere
este artigo e arrazoe isto em seu coração,
Soli
Deo Gloria!
Fabio Campos