Por Fabio Campos
Essa
eleição tem sido uma das mais sujas dos últimos tempos. Os candidatos estão
angariando votos não pelas propostas, mas através de ataques difamando o seu
adversário. As discussões nas redes sociais são grotescas. Tudo bem que sempre
foi desta forma, todavia, a tecnologia deu o poder de evidencia daquilo que
está no coração das pessoas (pois a boca fala do que está cheio o coração); a
notícia chega muito mais rápida e os escândalos dos corruptos são trazidos à
luz num click.
O
que me incomoda é o partidarismo das pessoas em detrimento do patriotismo.
Fazem do seu candidato um “deus” soberano e “santo” - que achou a resolução de
todos os problemas socioeconômicos. Nesta hora até “ateu” acredita em algum “deus”.
Entenda,
tenho o meu candidato e por ele está minha torcida. Entretanto, minha esperança
jamais se apoiará em tal pessoa (até porque o santo é de barro). Você acha
mesmo, sendo sincero, que os candidatos estão atacando um ao outro, para que,
entrando na política, possa te favorecer? Não meus amigos e irmãos! Eles estão interessados
numa boa fatia que tem por pacote uma grande mordomia. O homem é corrupto por
natureza. Não é o exterior que contamina, mas o interior, pois a corrupção e
prática de todos os males são evidências do que está no secreto do coração. Não
há um justo; não há quem faço o bem; todos se extraviaram da verdade.
Lamentável
como muitos têm passado a mão na cabeça dos corruptos. Puxa a ficha e você vai
ver que todos têm culpa no cartório. Se o candidato de minha preferência, “meter
a mão” ou “não cumprir” o que por ele foi prometido, não é porque votei nele
que vou acobertar o seu “pecado” a vista da oposição. O Brasil está
infinitamente acima do PSDB e do PT, e por isso ser “partidário” confiando no
homem, é uma visão limitada, medíocre e egocêntrica, de quem de fato quer
brigar por uma causa a constituir um povo e uma nação.
Precisávamos estar unidos pelo bem comum. Os
governantes tinham que tremer diante do povo e não “tirar sarro da nossa cara” nos
horários políticos. Estamos advogando, sem conhecer de perto, pessoas que não
estão nem aí para o desenvolvimento da sociedade. Roubam nossa família e ainda
contam com a nossa defesa. Quanta falta de respeito na exposição de adjetivos
para com aqueles que discordam do outro. Quanta ofensa pessoal. Estamos
carentes de maturidade pela qual nos leva a um debate equilibrado, respeitoso,
até o campo das ideias. O que nos une precisa ser maior do que aquilo que nos
separa. O Brasil é maior do que qualquer partido.
Feita
a ressalva, é importante salientar que a Soberania de Deus não anula a
responsabilidade do homem. O juízo e a misericórdia são alguns dos Atributos dAquele
que “destrona os reis e os
estabelece” (Dn 2.21). Um dos maiores juízos sobre um
povo foi sentenciado na seguinte frase: “Atende
à voz do povo” (1 Sm 8.7). Vejo o futuro do nosso país por duas
óticas: “juízo ou misericórdia”. Como está escrito: “Continue o injusto a praticar injustiça;
continue o imundo na imundícia; continue o justo a praticar justiça; e continue
o santo a santificar-se". (Ap 22.11).
Se o povo quer corrupção; terás a corrupção. Se o povo quiser
honestidade, em parte, terás a honestidade. Porco não gosta de pérola, ele
prefere lavagem. Ainda bem que Deus é bom,
justo, puro e santo – assim sendo eu posso descansar o meu coração de que o mal
não irá prevalecer mesmo estando na Babilônia.
Lembremos, então, de pessoas que amam nossa nação
e que abominam a corrupção. Existe os sete mil que não se dobraram a Baal. Muitos
estão nos becos desconhecidos; os quais decidiram firmemente em seu coração “a não
se contaminar com as iguarias de um governo corrupto”. Muito obrigado, Joaquim
Barbosa, pela sua coragem, dedicação e ousadia.
É isso, sou Brasil.
Fabio Campos
fabio.solafide@gmail.com