Por Fabio Campos
“A
copa do mundo é nossa, com brasileiro, não há quem possa”, já dizia o triunfo
da canção. Infelizmente já não é mais assim. Nosso futebol “moleque” foi
substituído pelo empresarial. Quem manda não é mais o técnico e sim o
empresário.
Não
há mais criatividade nos lances. Tudo já premeditado dentro de um parâmetro
fizeram dos nossos jogadores meros “robores” dentro de campo. A “amarelinha” já
não é mais tão temida como no tempo de Zico, Falcão, Ronaldo Fenômeno e
Romário. Taxei assim e usei a seleção de 82 em diante, em respeito a atual. Covardia
seria comparar a seleção de 1970 com a de 2014.
Não
tem como comparar Neymar [ainda que craque] com Pelé. Tremenda injustiça
colocar Garrincha, Pepe, Gerson, Jairzinho, Rivelino entre outros, ainda que
seja para trazer um sentido pejorativo irônico - para momento atual de nosso
futebol e colocar ao lado mesmo por parâmetro.
Como
já disse - respeito todas as opiniões em grande estima daqueles que estão em
protesto contra a corrupção e fizeram de “seu meio” o “não torcer” pela
seleção. Eu, contudo, vou torcer pela seleção do Brasil. Simplesmente porque
gosto de futebol e assim também faria se a copa ocorresse em outro país. No dia
que eu precisar que o PT me motive em nome de sua causa naquilo que é simplesmente
para lhe favorecer, através de algo que já tenha a apreciação de todos, a nossa
cultura, me naturalizo argentino, país que passei a admirar.
Minha
motivação é esportiva e não politica. É certo que muitos estão “tagarelando”
como dizia os gregos - gente que fala, fala, fala!, - e não sabe o que estão
falando - são contrários; talvez pela tentação de ser bonito sendo subversivo.
Mas quanto fundamento lhes falta - e ainda que tenham - talvez copiados de uma cartilha
elaborada, são incoerentes.
Meu
grande irmão Renan foi sábio nas palavras: “Neste
país está tudo bagunçado, até as boas intenções. [...] Nossos digníssimos
representados estarão felizes se nos contentarmos em
simplesmente ‘não torcer’ (quer ela seja campeã ou não! Que lhes importa?),
como se isso quisesse dizer alguma coisa. O encanto ele já nos tiraram. Não
temos bandeirinhas nas ruas, nem grafites temáticos nas paredes, nem pinturas
no asfalto. Talvez, então, a questão não seja nem com eles, mas conosco: eu
preciso fazer algo ainda que seja totalmente insignificante à minha realidade”.
Podemos
mudar nosso país não em não torcer ou torcer pela seleção, mas em quem torcemos
e colocamos em campo através das urnas. Ainda que nosso futebol esteja
“péssimo” [o brasileiro é exigente para com a qualidade futebolística] - ainda
que a copa tenha sido o pretexto para tanta roubalheira -, contudo, vou torcer
pela seleção, pois o PT já “caiu da graça do povo” e a copa fomentou essa
posição. Talvez foi bom! A copa trouxe à luz e ainda vai trazer, depois de
findada, a corrupção e tornar evidente a sujeira daqueles que nos governam.
Dentro
daquilo que o Milton Neves diz e com esta consciência que “o futebol é a coisa mais importante dentre as coisas menos
importantes” digo: Bora que já vai começar o jogo! Brasil... sil...
sil...sil... Sil...!
Todos juntos vamos pra frente Brasil,
Brasil!
Salve a seleção!
Fui...
Fabio Campos
fabio.solafide@gmail.com