Por Fabio Campos
Texto base:
Efésios 3.14-21
INTRODUÇÃO:
1. A
carta escrita por Paulo à igreja de Éfeso é uma exortação, tanto doutrinária,
como de conduta. O ministério de Paulo é conhecido por sua habilidade em
refutar falsos ensinos e também em instruir os irmãos acerca da “Sã Doutrina”,
que leva o homem a justiça, a fé, o amor e a paz que invoca a Deus com um
coração puro (2 Tm 2.22).
2.
Paulo também nunca deixou de instruir os irmãos acerca “do serviço prático dos cristãos”. A ordem na igreja, o
comportamento dos crentes - o comer e o beber - era uma preocupação de Paulo
para que Deus fosse glorificado em todas as coisas.
3. O
trecho que acabamos de ler trata da oração constante que Paulo fazia em favor
dos Efésios.
a. O
verso 14 diz que “ele se punha de
joelhos” perante o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo.
b. Paulo
conhece o Deus a quem direciona sua oração: “Deus rico em glória” (16).
c. Seu
desejo em favor da igreja é que sejam acrescentados pelo poder do Espírito; que Cristo fosse morada [sinta-se em casa] pela fé no coração do seu povo (16-17).
d. Por
fim, compreender perfeitamente, na comunhão dos santos, a largura, o comprimento,
a altura, e a profundidade do amor de Cristo que excede todo o entendimento,
sendo cheios da plenitude de Deus (18-19).
I. DOXOLOGIA DE PAULO
1.
Quero me ater a doxologia de Paulo, nesta oração de louvor ao Deus e Pai de
Nosso Senhor Jesus Cristo.
2.
Neste louvor entoado ao Deus dos céus ele nos informa de um “poder que opera em nós”.
3.
Este poder traz a gloria a Deus
através do louvor da igreja.
4. O
poder de Deus faz muito mais do que “pedimos” ou “pensamos”.
II. ELE É PODEROSO PARA FAZER MUITO MAIS
DO QUE PEDIMOS.
1.
Mas o que pedimos?
a. Muitas
vezes pedimos pedra em vez de pão; pedimos escorpião em vez peixe. Sendo assim,
se nós, que somos maus, sabemos dar boas-coisas aos nossos filhos, quanto mais
o Pai que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem.
b.
As vezes pedimos e não recebemos. Talvez ainda não seja o tempo certo, e o
Senhor deixou-o na prateleira de espera. Contudo,
com o nosso coração enganoso, pedimos mal, e por isso não recebemos. Até nisto
Deus é misericordioso, em não dar aquilo
que pedimos mal, pois o seu desfrute seria o acréscimos de dores.
c. A
graça e a misericórdia são novas todas as manhãs. Conhecendo nossa estrutura,
Deus pôs em nós o Seu Espírito, e Este nos ajuda em nossa fraqueza, pois “não havemos
de pedir como convém”, por isso em nosso favor, intercede por nós com gemidos
inexprimíveis, e aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do
Espírito, que pede segundo a vontade de Deus (Rm. 8.26-27).
III. ELE É PODEROSO PARA FAZER MUITO
MAIS DO QUE PENSAMOS
1.
No que pensamos?
a. O
apóstolo nos exorta a “pensarmos nas
coisas do alto” (Cl 3.2). É lá que devemos juntar os tesouros-, onde o
ladrão não rouba e a traça não destrói.
b.
Nossa mente deve ser renovada pelo o
entendimento da Palavra de Deus. Não há como se conformar com o mundo quando se
tem a Palavra escondida no coração.
c.
Nossa mente nos informa das nossas vontades; pelo o culto racional, se assim
for, estando nEle e, suas Palavras em nós, tudo o que pedirmos, assim será
feito.
d. O
“pensamento” que Paulo nos informa
está relacionado a “perceber”, “entender”, “observar”.
IV. MESMO NA VONTADE DE DEUS, AINDA
ASSIM, NÃO VAMOS ENTENDER EXTAMENTE COMO ELE FARÁ, E O QUE FARÁ, A TODOS
AQUELES QUE O AMAM.
1.
Que promessa fantástica para preservar o nosso coração e a nossa
mente em Cristo trazendo a paz que excede todo o entendimento.
2.
Deus sempre nos surpreende, pois Aquele que não poupou o seu próprio filho,
antes por amor a nós, entregou com Ele todas as coisas.
3. Nisto
podemos confiar. Ainda que digamos: “o
que é o homem mortal para que te lembre dele? E o filho do homem para que o visites?
Contudo, pouco menor o fizeste do que os anjos e de glória e de honra o
coroastes” (Sl 8.4-5).
CONCLUSÃO
1.
Ainda que a nossa a vista esteja tudo obscuro; ainda que nossa mente compreenda
em parte; “ainda sim, tudo será feito em propósito daquele que ama a Deus,
cooperando para aquilo que fomos chamados”.
2.
Quero encerrar nossa reflexão com um texto que pode nos encorajar e nos
fortalecer nas tribulações:
"Olho
nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou
para aqueles que o amam". (1 Co 2.9 NVI).
3. Talvez você me diga que seja um texto escatológico.
De fato preciso concordar com você. Contudo, um pouquinho disto nos é dado
todos os dias nesta terra, pois servimos o Deus de “Toda
graça” conforme nos ensina o Apóstolo Pedro (1 Pe 5.10).
4. Deus fará abundantemente mais do que pedimos ou
pensamos segundo o poder que opera em nós.
Soli Deo Gloria!
Fabio Campos
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Sermão pregado na ICT dia 15/01/2014