Por Fabio Campos
Texto base: “Declarou Jesus: "Eu também não a
condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado".- João 8.11 NVI
Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias
(Ec 7.29). Quantas são as “encrencas” que nos envolvemos. O pecado para ser consumado
pode demorar um pouco; mas para ser gerado é uma questão de segundos. Aquilo
que nos atrai é apreciado mesmo não querendo, e quando não vigiado, por ser
fraca a carne - lá se foi, e o estrago é grande, trazendo danos irreparáveis.
O pecado quebra a comunhão com Deus e dEle nos separa
(Is. 59.1-2). Rouba nossa paz. Nosso humor é alterado. O que nos resta é
impureza, lascívia, inimizade, ciúme, ira, discórdia, dissenção e facção. Todo
crente peca (1 Jo 1.8), mas nenhum cristão verdadeiro tem prazer no
pecado. O pecador perdido se gloria no
pecado; o pecador salvo, tem tristeza no pecado.
Quando o rei Davi pecou contra o Senhor, na trama deliberada
para consumar seu plano, neste momento a alegria da salvação já havia se perdido
(Sl 51.12). Quando perdemos a alegria da salvação sentimos a necessidade de
buscá-la em outro lugar. Daí nasce o pecado. Se alegrar fora de Deus, naquilo
que não é de louvor, verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável e de boa
fama. Todo ser humano tem a necessidade de se alegrar. A questão é a fonte que
se vai buscar esta alegria. Muitos correm para os “parques de diversões” que
destilam mel, com aparência agradável, mas que no fim trazem o gosto amargo do
absinto; a espada de dois gumes os aguarda, e como um boi que é levado ao matadouro
- assim vão eles - seduzidos “pelas delicias do prazer” - é como a ave que se
apressa para o laço; logo a flecha atravessará seu coração, custando talvez sua
própria vida e a de toda sua família.
Quando a mulher de Jo 8.1-11 foi pega no ato do
adultério, a lei demandava sua morte por apedrejamento. O salário do pecado é a
morte. Porém, se levanta aquele, o Justo, que justifica os injustos. O único
que nunca pecou mesmo sendo tentado; Cristo Jesus, o Senhor da lei, que cumpriu
a lei – interroga Ele os acusadores desta mulher, dizendo: “Aquele que dentre vós estiver sem
pecado seja o primeiro que lhe atire a primeira pedra”. Todos estavam
encrencados com o pecado. O único que poderia atirar a pedra disse: Mulher, onde estão aqueles teus
acusadores? Ninguém te condenou. E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe
Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais” (Jo 8. 10-11 NVI).
Em Cristo fomos reconciliados com Deus não sendo
imputados os pecados anteriormente cometidos (2 Co 5.19). E ainda que pequemos
[e isso é uma certeza], temos um advogado junto ao Pai para nos purificar de
toda iniquidade (1 Jo 2.1-2), pois quem nEle está, já não está sob a condenação
da lei (Rm 8.1). A alegria da salvação se torna o maior prazer. Passamos a ser
leves de espírito, agradáveis nas palavras, temperadas com sal; trocamos a maledicência
pela bondade; a ira pela paciência; a impaciência pela longanimidade; a rudez
pela mansidão; tudo isso que o Espírito nos traz por meio do domínio próprio.
Hoje você pode estar desesperado por algum ato falho cometido.
Talvez a tristeza tenha se apoderado de sua alma trazendo
desesperança ao seu coração. Você hoje pode estar com a cabeça baixa e com medo
de Deus; aguardando pelas consequências dos seus atos. Calma! O problema foi
resolvido! Uma nova oportunidade é posta na sua frente. Um coração contrito em
arrependimento é o que precisamos ter nestas horas. Arrependimento é concordar
com Deus no que precisa ser mudado. O que não podemos ser é incoerentes, querer
novas coisas sem ser uma nova criatura (2 Co 5.17).
A questão é muito simples. Se hoje ouvires a vos do
Senhor teu Deus não endureçais o coração; pois quando estamos arrependidos, com
fome de perdão, de forma nenhuma, seremos desprezados, pois não temos um sumo sacerdote
que não possa se compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi Ele tentado em
todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado, e por isso podemos nos
achegar ao trono da graça confiadamente a fim de recebermos graça e
misericórdia quando for necessário. Ele será por socorro contra o nosso acusador.
Problema resolvido! Diante dessa graça maravilhosa, qual
então o modo para vivermos: “Vai
e não peques mais”. Faça diferente, pecar você vai pecar, mas
ainda que não alcance a perfeição prossiga para o alvo, sabendo que Deus é bom e
a sua misericórdia dura para sempre, pois novas são as manhãs que nos traz o
seu perdão através de Jesus Cristo, o Senhor. O seu problema foi resolvido,
faça diferente.
Soli Deo Gloria!
Fabio Campos