Por Fabio Campos
Texto
base: “Ele não é Deus de mortos, mas de vivos”! – Mateus 22.32b NVI
O
dia 2 de novembro foi separado pela igreja católica para a “celebração da vida
eterna das pessoas queridas que já faleceram. Segundo este ensino, esse é o dia
do amor, porque “amar é sentir que o outro não morrerá nunca”. A ICR reza pelos
falecidos, e seus fiéis costumam visitar os túmulos dos entes queridos.
Este
dia nos faz lembrar [até mesmo aqueles que não aderem esta crença] de pessoas
que se foram. Com algumas, a saudade é maior; já com outras, pelo qual não
tivemos um contato mais estreito, a saudade vem com menos intensidade. Saudade
e tristeza vêm a nossa mente e é sentida pelo coração.
Mas
no meio de todo este “jogo emocional” envolvendo nossa alma e espírito há
algumas ponderações que devem ser arrazoadas pela razão. Por que enaltecemos
tanto os que se foram e somos displicentes com os que estão vivos? Um frase da refugiada
Anne Frank que aos 4 anos de idade foi obrigada a sair do seu país com sua família
após a chegada de Adolph Hitler ao poder que seguiu a perseguição aos judeus,
ilustra uma grande verdade e traz luz as lágrimas ilegítimas para com o amor verdadeiro:
“Os mortos recebem mais flores do que os
vivos, porque o remorso é mais forte que a gratidão”.
Jesus
é claro, e seu ensino é legítimo acerca da morte: “Deus
é Deus dos vivos e não dos mortos”. Não há sabedoria em perscrutar
a eternidade e tirar conclusões do que o Pai assim fez por Sua Soberana
Vontade. Os mortos estão sob o cuidado de Deus, e justos e injustos serão ressuscitados
para o julgamento. Não há comunicação com os mortos, e toda reza é vã para
aqueles que não estão neste mundo. Há um grande abismo entre nós e eles. Muitas
são as histórias e lendas inventadas para atenuar a dor da perda; mas aos que
conhecem a Cristo, sua esperança nEle não se limita somente a esta vida, se
assim fosse, seria o mais infeliz de todos os homens.
Talvez
a perda de alguém muito querido o nocauteou e o jogou para a lona. O aperto da
saudade o fez cair em uma profunda depressão e a esperança foi tragada pela partida.
Mas hoje quero desafia-lo a colocar sua esperança em Jesus Cristo. Aquele que
sabe de todas as coisas e que venceu a morte. Como está escrito: “Porque a vontade de meu Pai é que todo o que olhar para o Filho e nele
crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia" (Jo 6.40 NVI).
A morte nos traz dor e tristeza porque Deus não
nos fez para morrer. Mas a queda do homem em Adão tornou da sepultura uma
certeza [ao menos que Cristo nos arrebate antes]. Porém, o único que veio ao mundo
para morrer, assim o fez dando sua vida espontaneamente para todo aquele que
nEle crer não morra, mas tenha a vida eterna. A primeira morte é inevitável,
mas a Escritura nos ensina de uma segunda morte [que é o juízo de Deus com o
julgamento de todos aqueles que não creram no Cordeiro que o poderia salvá-los]:
“Mas os covardes, os incrédulos, os depravados, os assassinos, os que
cometem imoralidade sexual, os que praticam feitiçaria, os idólatras e todos os
mentirosos — o lugar deles será no lago de fogo que arde com enxofre. Esta é a
segunda morte". (Ap 21.8 NVI)
Aproveite enquanto é vida! Depois se
trata apenas de uma memória e um corpo para o IML. Antes de ir ao cemitério, se
reconcilie com os que estão vivos. Cremos em um Deus Vivo que morreu ao
terceiro dia na Pessoa de Jesus, para nos perdoar e que ressuscitou para nos
livrar da condenação eterna, a saber, a segunda morte. Descanse em Deus para
com os que se foram - ame os que estão vivos - e cuide de si para que no anseio
de ganhar o mundo, perca sua alma.
Pense nisso!
Fabio Campos
fabio.solafide@gmail.com