Por
Fabio Campos
Texto
base: “Tornei-me tudo para com todos, para de alguma forma
salvar alguns”. 1 Coríntios 9.22a NVI
Graças a
Deus que Deus é Deus! Dentro de Sua Soberania e do Poder absoluta que Ele é,
conhece nossa estrutura e sabe que somos pó. Ele falou de muitas vezes e de
várias formas pelos profetas de Israel, mas a plenitude do entendimento veio
por meio do Filho Jesus, onde estão ocultas toda sabedoria e conhecimento. Não
somente isso, o Deus-Filho esvaziou a si mesmo - embora sendo Deus, não
considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se, e se fez
homem para salvar o homem.
Deus é
simpático a nós. No Filho, demonstrou sua empatia para com a humanidade.
Segundo o dicionário escolar da língua brasileira, “empatia” é a “identificação afetiva com outra pessoa, que
se caracteriza pela capacidade de poder se colocar no lugar do outro e imaginar
quais são seus sentimentos e sensações”. A prova que Deus é “empático” a
nós está no fato de que o caminho para se achegar a Ele foi desobstruído pela
Sumo Sacerdote. Assim como nós foi tentado em tudo, mas não pecou, e por isso
podemos chegar ao Trono da graça confiadamente a fim de receber graça e
misericórdia.
Paulo
tornou tudo para ganhar o maior numero de pessoas. Fez-se escravo para ganhar
os “livres”; se fez de judeu a fim de ganhar os judeus; se comportou como se
estivesse debaixo da lei para ganhar os que estavam debaixo da lei; se fez
fraco para ganhar os fracos. Pois é, irmãos, a grande maioria das vezes vamos
ter que tirar nosso anel de teólogo para ganhar pela simplicidade de Cristo
alguém que é simples na instrução. A capa religiosa, o jargão congregacional e,
o status social, muitas das vezes terão que ser substituídos pela compaixão e pelo
o amor de Cristo que nos constrangeu e nos levou ao arrependimento. Não se
trata do lema mundano -, “quando em Roma,
faça como os romanos”, mas do temor para com Deus e do amor e compaixão
para com o próximo.
O
Evangelho não muda, mas a forma de evangelizar são diversas. Nosso linguajar
precisa ser acessível cognitivamente as “mentes indoutas”, pois só assim ele [indouto]
poderá dizer o amém no fim das orações - nosso coração precisa estar ligado
pela solidariedade em amor àqueles que carecem de Cristo. Assim como Deus vivenciou
na carne pelo Filho o drama humano, assim teremos que vivenciar as experiências
daqueles que estão neste mundo com a alma gritando por salvação. Paulo não era
grosseiro, e com cada um, falava de uma forma a respeito do mesmo assunto: a
Cruz de Cristo. Abriu mão dos seus privilégios para conferir riquezas
espirituais aqueles que nunca poderiam oferecer a ele “confetes” pela posição de
teólogo na “universidade de Jerusalém”.
O maior
evangelista de todos os tempos, Paulo de Tarso, fez tudo isso por causa do
evangelho e para ser “co-participante” dele. No grego essa expressão
“co-participante” tem a ideia de “alguém que compartilha junto”. Uma lição: o
compartilhar deve ser JUNTOS e não de SEPARADOS, distantes de uma realidade. A
palavra “koinwõz” usado neste
versículo, segundo Taylor, tem por conotação, “sócio”, “participante”, “companheiro”
e “cúmplice”.
Que Deus
nos diminua para que Ele cresça, pois nós passamos por vezes a ideia às pessoas
que somos “deus”, mas Deus se fez homem. Pedro ao ver a Divindade de Cristo
teve medo e pediu que se afastasse porque era pecador; mas a restauração do
amado apóstolo se deu em um bate papo, a beira mar, comendo peixe,
características de um relacionamento entre amigos, e não de um homem que se
relaciona com o seu “deus” pagão, apático e impassivo, distante do natural
[vida do homem na terra].
Quer ser
eficiente na evangelização? Seja Cristo para as pessoas. Fica a frase para a
reflexão do teólogo: “Toda criança deseja
ser adulto; todo adulto deseja ser um rei; mas só Deus quis ser uma criança”.
Soli Deo
Gloria!
Fabio Campos