Por Fabio Campos
Texto
base: “Não repreenda asperamente ao homem idoso, mas exorte-o
como se ele fosse seu pai”. (1 Tm 5.1
NVI)
Nossa geração tem memória curta! O pragmatismo homicida em
nome do “ter”, atropela o “ser”. E para “ser” é preciso ter respaldado daqueles
que chegaram antes de nós. Paulo adverte a Timóteo concernente a arrogância da
mocidade. A repreensão com o idoso precisa ser em caráter de mãe e de pai,
respeitando seus “cabelos brancos” e suas tradições. Timóteo só foi Timóteo não
por causa de Paulo, mas pela fé piedosa de sua mãe e da sua avó que lhe
ensinaram o caminho que deveria andar (2 Tm 1.5). Quero abordar neste post o
“respeito devido” aqueles que chegaram primeiro, os quais tive neste artigo por
“Numero Baixo”. Mas o que é “Numero Baixo”? Segue a definição do poeta:
Número baixo, é quem
teve a coragem de ser pioneiro
E teve o destino de
chegar primeiro
E comer o pão que o
diabo amassou
Número baixo, é todo
velha guarda é todo ex-combatente
Todo fundador, todo
linha de frente
Que riscou seu nome com
força no chão
Paulo diz a Timóteo “não imponha precipitadamente as mãos
sobre alguém consagrando a pastor, para que não caia na armadilha de satanás”.
Hoje vemos alguns “moleques” que foram consagrados a algum cargo de liderança
com uma arrogância que só Deus. Tratam os mais velhos com uma falta de
respeito; dizem ser uma nova geração de adoradores. Irmão baixe a bola. Você
precisou do esperma do seu pai e do útero da sua mãe para ser gerado. Cadê o
respeito? Honrar os idosos é um mandamento do Senhor teu Deus: “Levantem-se na
presença dos idosos, honrem os anciãos, tema o seu Deus. Eu sou o Senhor” (Lv 19.32 NVI).
Nós jovens podemos ter muitos diplomas, mas na experiência da
vida, aquilo que não se aprende em sala de aula, muita poeira ainda nos espera.
Como diz o poeta: “Agora que a bananeira
deu cacho, você chega lá de baixo, pra cortar nossa raiz”. Podemos ter
conhecimento – eles têm experiência. É necessário passar alguns dias do lado
dos nossos pais e dos nossos avós apreendendo um pouco mais da tradição, conhecendo
nossas origens. Não perca essas oportunidades. Precisamos valorizar com muito
temor àqueles que chegaram antes de nós.
Que Deus nos ajude a não cairmos na condenação do Diabo, na
prepotência pragmática dos resultados passando por cima daquilo que Deus usou
como alicerce para nos sustentar por todos esses anos - por causa deles hoje
estamos aqui! Você deve aos que chegaram primeiro - não importa quem seja, e
por isso, os cabelos brancos e a experiência de vida precisam ser respeitados.
Pai e mãe não se reprende, pai e mãe se honram, e na qualidade de filho, ainda
que eles não sejam cristãos, o seu testemunho de “cuidar dos seus não negando a
fé”, falará mais alto do que qualquer cargo de liderança na Eclésia que você
esteja ou eloquência adquirida na faculdade.
Respeito é bom e Deus manda!
Soli Deo Gloria!
Fabio Campos