Por Fabio
Campos
Grandes
conversões passaram por grandes conflitos! Não há conversão sem arrependimento;
não há arrependimento, sem tristeza. Todo cristão nascido do Espírito foi
contristado para a salvação. É necessário trocar “o riso
por lamento e a alegria por tristeza” (Tg 4.9). A fé nos aproxima da luz; e a luz
denuncia as trevas; por isso que Hebreus nos diz “sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa
crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam” (Hb 11.6).
Os mais
pecadores se consideram os mais santos; e os mais santos, se consideram os
principais pecadores. Aqueles que não se referenciam em Deus no parâmetro de
santidade caem no engodo do coração corrupto e mentiroso e se apoiam no seu
próprio entendimento; se comparam ao estuprador, assassino, e ao mais
inescrupuloso da sociedade em uma tentativa de atenuar a culpa de sua
consciência. Mas quem é luz no Senhor entendeu que um dia já foi treva. Agostinho
a respeito diz: “Mas esses homens,
querendo ser luz não no Senhor, mas em si mesmos, imaginam que a natureza da
alma se confunde com a de Deus; vão-se fazendo trevas ainda mais densas, porque
em sua terrível arrogância, se afastaram ainda mais de Ti, luz verdadeira, que
ilumina a todo homem que vem a este mundo”.
Todo
aquele que foi santificado pela Palavra sente no corpo o peso do pecado, e por
isso aguarda ansiosamente a redenção em Jesus Cristo. Quem quiser viver
piedosamente em Jesus Cristo passará por grandes aflições e perseguições. Não
há vários atalhos! Existe um único caminho a percorrer: o estreito! Todos somos
pecadores e não há um único justo! O “pecador perdido” se vangloria no pecado;
o “pecador salvo” se entristece por ser pecador. Quem tem a Lei de Deus no seu
interior jamais será um acomodado com sua atual situação. Ele tenta fazer o bem
mesmo fazendo o mal que não queria fazer. Redundante mesmo! Um cristão que não
vive em crise, de fato, não tem sido desafiado pelo o Evangelho e ainda conhece
a Deus como deveria.
Quando
um pecador contempla a face de Cristo, o dito do arrependido 'miserável homem que sou', não é coagido
pela a acusação de satanás, mas sim guiado pelo Espírito que nos constrange ao
nos mostrar o amor de Jesus. Enquanto estamos neste mundo, não vivemos pela
perfeição, mas pelo perdão'. A graça me leva ao arrependimento - o amor de
Cristo me constrange a não pecar - a misericórdia será em favor do justo quando
ele falhar. A graça é maravilhosa - não façamos dela barata!
Portanto,
“Pecadores,
limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração. Entristeçam-se,
lamentem e chorem. Troquem o riso por lamento e a alegria por tristeza. Humilhem-se
diante do Senhor, e ele os exaltará”. (Tg 4. 8-10 NVI)
Soli Deo Gloria!
Fabio Campos