Por Fabio Campos
Texto
base: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais
miseráveis de todos os homens”. (1 Co
15:19 ACF)
Os dias foram difíceis! No dia 14.06.13, quinta-feira
passada, perdi meu tio. Ele deixou quatro filhos, sendo um de quatro anos e deixou
também minha avó que tinha em certa parte uma “dependência” financeira dele.
Lembranças e saudades, choro e lamento nos envolveu tanto no velório como no
enterro.
A morte por mais normal que seja ainda muito nos amedronta. A
ruptura no “adeus” ainda que seja do corpo, nos traz o “desespero” pela
percepção do fim de um “próximo encontro” no almoço de domingo. Quando Deus fez
o homem, nele [homem] colocou o anseio pela eternidade! A má impressão vem do
fato que fomos criados para ser eternos. O desespero carrega aqueles que não
têm a esperança da ressurreição. Com a queda do homem, pela desobediência,
entrou a morte, e a partir deste ponto, o mundo [cosmo], a alma, e o corpo
físico, foram afetados.
Diante da ignorância do pecado, naqueles que se limitam e
vivem por aquilo que veem, de fato, são os mais dignos de compaixão. Que vida
infeliz - crer que tudo se acabará em um caixão que foi enterrado em um
cemitério. A Escritura nos diz que “é
melhor ir a uma casa onde há luto do que a uma casa em festa, pois a morte é o
destino de todos; os vivos devem levar isso a sério” (Ec 7:2). A vida que
vivemos agora é semelhante à relva; floresce como a flor do campo, que se vai
quando sopra o vento e nem se sabe mais o lugar que ocupava. Passa rápido! Do
pó viemos e para o pó voltaremos! O amor pela vida presente, amar as coisas
terrenas em idolatria, de fato, terá por perda a eternidade. Para preservar a
vida eterna é necessária odiar esta vida! Todos os dias surgirão oportunidades
naquilo que é ilícito, contrário aos princípios de Deus, para amar sua vida e
odiar a eternidade. Amar a eternidade é aborrecer sua própria vida!
O ser humano é breve, e no velório, o que velamos, é uma
memória. Ali já não está aquele a quem amamos ou aquele que nos amou, pois isso
são sentimentos provindos da alma - se alma estivesse naquele corpo, o corpo já
não estaria no caixão, mas na mesa do almoço de domingo dizendo: “eu te amo”. E
neste momento, pensando no nascer e no morrer, “Deus fez ainda mais sentido pra
mim”. Que infelicidade uma vida cética sem a crença na ressurreição. Eu disse
a minha avó, mãe do meu tio falecido: “larguei
todos meus sonhos e meus propósitos pessoais em prol de uma causa que tem por
vitória a ressurreição”. As razões de Deus são mais sensíveis ao coração do
homem em momentos assim do que em dias normais! Se esperarmos em Cristo somente
nesta vida, seremos os mais infelizes do mundo. A paz que excede o entendimento
nos guardou neste momento de tristeza. Jesus é a vida, e assim como Ele ressuscitou
em glória, estando nós com Ele, assim será também conosco, e o morrer passa a
ser lucro!
A pior tragédia é partir desta vida sem Cristo! Amar a Deus
acima de todas as coisas é o mandamento e o estilo de vida daquele que de fato foi
alcançado pela graça. O que diz ser de Cristo é necessário que O obedeça, e
nisto consiste o amor: “permanecer nos seus mandamentos por meio do novo
nascimento”. A morte será apenas o último inimigo a ser vencido. Já não oferece
perigo eterno! Será apenas uma transição daquilo que virá a ser “para sempre” –
agora em um corpo incorruptível, sem doença, onde não haverá morte, tristeza,
nem choro, pois estaremos com o Senhor para sempre no seu Reino Eterno.
Este artigo não foi escrito por uma pessoa com palavras
“simplistas” tentando atenuar a dor da perda, mas sim de alguém que crê nesta
causa [Evangelho] e por amor a ela, se abdicou dos seus sonhos, vivendo para
Aquele que Morreu e Ressuscitou.
Maranata! “Vem Senhor Jesus”.
Soli Deo Gloria!
Fabio Campos