Por Fabio Campos
Texto
base: "Eu
virei a vocês trazendo juízo”. (...) “contra os que juram falsamente e contra
aqueles que exploram os trabalhadores em seus salários, que oprimem os órfãos e
as viúvas e privam os estrangeiros dos seus direitos, e não têm respeito por
mim”, diz o Senhor dos Exércitos”. (Ml 3:5 NVI)
Quanta
maldição usada para coagir os membros de algumas igrejas na colheita dos dízimos
e das ofertas por parte dos manipuladores da fé! “O devorador vai acabar com as
plantações”; “o Diabo roubará suas finanças”; são muitos os apelos! Os pseudo-pastores
estão por todos os lados como lobos, procurando carne e lã para saciar seus
desejos nocivos. Meu espanto é que a maioria se diz um estudante das Escrituras
(o mínimo que se requer de alguém que prega a Palavra de Deus) e usam o texto
de Malaquias 3.10 para persuadir o povo, mas não leem o verso 5 para se auto
examinar. “Esqueci” que temor é uma virtude que não lhes pertence. Prossigamos!
Deus
é o Criador dos Céus e da terra e de tudo que neles há! Ele não é um vendedor
de bênçãos que ao contemplar uma nota de cem reais fica ouriçado para vender
sua mercadoria. Quem primeiro deu a Ele para pedir de volta? A Palavra de Deus
é clara - o intuito da arrecadação de dízimos e ofertas tem por finalidade
principal a de suprir as necessidades dos órfãos e das viúvas e para receber o estrangeiro
pobre (Ml 3.5). Por isso que o mantimento é necessário! Nós somos escravos do
sistema financeiro, e como bem estuda a economia, o “homem trabalha porque tem
medo de passar fome”. O trabalho é benção e quem não quiser trabalhar também
não coma; mas todo recurso auferido pelas denominações deveriam ter suas
reservas para livrar os irmãos do trabalho escravo, o qual o Senhor Deus abomina,
e se diz desrespeitado quando isso acontece (Ml 3.5).
O
juízo de Deus será muito maior para Corazim e para Betsaida do que para Sodoma
e Gomorra! Com base nas Escrituras, afirmo: “O juízo será muito maior para
aqueles que recebem os dízimos e não o administram como deveriam”. Esses não
pregam a Palavra contra si, mas a seu favor. Deus não precisa do dinheiro de
ninguém, antes a colheita é mui superior do que a semente
por Ele pedida. Ele mesmo disse que as bênçãos seriam tantas que as dispensas
estariam tomadas e não haveria espaço para guardar o alimento. Ou seja, Ele tem
um infinito para dar, e nada para receber, pois não precisa ser servido por
mãos de homens. Se a dispensa encher, o mandamento é distribuir, e melhor do
que receber, é poder dar aquele que está necessitado (não estou tratando do
vadio que não quer nada com a vida). O melhor método para quebrar a ganância do
coração humano é sendo generoso! A fidelidade precisa ser no pouco, para que no
muito, o bom mordomo, possa ser colocado.
Esse
negócio de atenuarmos a culpa de nossa consciência dizendo - “ah, Deus vê o meu
coração e o meu pastor vai prestar conta com Ele”; tudo bem é lógico que o seu
pastor vai prestar contas, mas você será réu por omissão. Deus não te deu o
recurso, mas constitui mordomo e lhe confiou tesouros terrenos para juntar
tesouros no céu. Uma igreja que arrecada muito, mas não tem uma assistência
social digna para com os de fora e principalmente para com os de dentro, já
está sob o juízo de Deus. Toda igreja precisa trazer algum benéfico para a
sociedade para poder ter a isenção no seu imposto de renda. Não é dessa “caridade”
maléfica conveniente que digo! Não vamos dar conforto a nossa consciência com
esse tipo de situação. Uma igreja que não visita os órfãos e as viúvas nas suas
necessidades, de fato, já se corrompeu pelo mundo, e não pode ser chamada de
Sal da terra e Luz do mundo.
Amados,
precisamos saber onde o nosso dinheiro está sendo investido. Não damos o dízimo
por barganha, mas para que o Reino seja expandido nesta terra. O recurso deste
mundo ímpio serve para suprir as necessidades físicas do Reino de Cristo na
terra. Se você é um servo de Deus que ama o reino, e todas as demais coisas têm
sido acrescentadas na sua vida, sua responsabilidade é grande em saber como os recursos
têm sido usados em sua denominação.
O
seu pastor precisa prestar conta para a igreja. Tenho certeza absoluta que se
ele for um homem sério, que Ama a Deus acima de todas as coisas, ele não terá
nenhum problema em prestar conta para a denominação no qual tem sido o destino
das arrecadações. Pois como um obreiro aprovado, que manuseia bem a Palavra da
verdade, ele sabe que o julgamento começará de dentro, e os mestres hão de ser
julgados com maior rigor (Tg 3.1). Deus julgará o seu povo e horrenda cousa é
cair nas mãos do Deus Vivo!
Reflita
nisso no seu coração!
SOLI
DEO GLORIA!
Fabio Campos