Por Fabio Campos
Texto
base: “Alegrem-se sempre no
Senhor. Novamente direi: Alegrem-se!” (Fp 4.4 NVI)
Minha
pergunta não é se você está alegre ou feliz, pois isto varia conforme o momento
que se vive. Minha pergunta é “você tem alegria”? Muitos ignoram e a maioria
não sabe, mas este é um mandamento: “Alegrar-se
em Deus”! A resposta primeira do Catecismo de Westminster diz: “O fim principal do homem é glorificar a
Deus, e alegrar-se Nele para sempre”. O mundo se alegra por meio do desejo
satisfeito da carne e de sua cobiça. Alguns cristãos se alegram nas bênçãos de
Deus, de fato, elas não acrescentam dores. Mas existem aqueles que são diferentes
dos demais! São os que se alegram unicamente e exclusivamente em Deus
independentemente da circunstância. Destes ninguém pode lhes roubar esta
preciosidade (Jo 16.22). Estes mesmo nas desgraças, quando não há figo na
figueira, mesmo que a sagra de azeitonas falhem, e ainda que não haja produção
de alimento nas lavouras, nem ovelhas e bodes no curral, eles se alegrarão no
Senhor Jesus, no Deus de sua Salvação.
A felicidade e alegria é algo condicionado e
inerente a todo ser humano de uma forma geral. Deus fez o homem para ser feliz!
Os homens se tornam escravos dos seus vícios simplesmente por haver um
desespero intrínseco no seu coração na busca pela felicidade, e Agostinho diz
que esta busca se torna “pecado por ser
demandada fora de Deus”. O puritano Jonathan Edwards diz que “a Glória de Deus e o bem estar humano,
são inseparáveis, pois dela (Glória de Deus) depende a felicidade e regozijo do
homem”. A tristeza segundo o mundo produz morte, na consequência de buscar
a felicidade por meio ilícitos que estão destituídos da glória de Deus. O justo
é diferente! Aquele que experimentou tal intimidade com Deus por meio de Jesus
Cristo nunca mais será o mesmo. Nada é mais valioso do que a comunhão com o seu
Criador!
O homem
tem uma lacuna tão grande em sua alma, que somente alguém do tamanho de Deus pode
preenchê-la. A saber, que Deus em Cristo estava reconciliando o mundo consigo
mesmo, não imputando os pecados anteriormente cometidos. A religião e os dogmas
dizem: “não pode”! A conversão e o
experimento da comunhão com Deus dizem: “não
quero”! A medida da sua alegria e satisfação em Deus reflete e é denunciada
no tamanho de sua tristeza no pecar contra Ele. Pouco se entristece; pouca é
sua alegria! Muito se entristece; muita é sua alegria Nele! Nisto fica a
reflexão no julgamento de nossos pecados. Agostinho em “suas confissões” diz: “É verdade que também esses bens ínfimos
(comum) têm seus deleites, porém, não
como os de Deus, criador de todas as coisas, porque nele se deleita o justo, e
nele acham suas delícias os restos corações”. Os puros de coração verão a
Deus e com Ele se relacionam sem constrangimentos.
O
povo de Deus é o povo mais feliz do mundo: “Alegrem-se,
porém, todos os que se refugiam em ti; cantem sempre de alegria! Estende sobre
eles a tua proteção” (Sl 5.11 NVI). O mundo se alegra nas conquistas;
os filhos de Deus se alegram no Senhor, pois Ele é a sua força e motivação
maior por meio de um fator inexplicável que excede o entendimento humano: “Encheste o meu coração de alegria,
alegria maior do que a daqueles que têm fartura de trigo e de vinho” (Sl
4.7 NVI). Mesmo na fome (Hc 3.17-18), na pobreza (2 Co 6.10) ou na perda de um
bem (Hb 10.34), Deus é o “fator gerador” de sua alegria, pois não há bem maior
que tenhamos do que o Nosso Deus e Senhor, Jesus Cristo (Sl 16.2). Por amor a
Ele consideramos tudo como perda e esterco, comparado à suprema grandeza do
conhecimento Dele.
Davi
quando adulterou com Bete-Seba, de fato, lhe faltou à alegria da Salvação! Em
sua confissão ele orou pedindo de volta este regozijo: “Devolve-me a alegria
da tua salvação” (Sl 51.12 NVI). Quando nos falta esta alegria vamos
busca-la em outro lugar, e disto vem o desejo egoísta, “se alegrar fora de Deus”. Seja nas pessoas; seja nas coisas.
Agostinho disse quando experimentou isso em sua vida promiscua antes de ter um
relacionamento pessoal com Deus: “Eu
então pecava em buscar em mim próprio e nas demais criaturas, e não nele, os
deleites, grandezas e verdades, razão pela qual caía logo em dores, confusões e
erros”.
Se
alegre em Deus! Busque Nele consolo e regozijo, pois aquele que se deleita
Nele, de fato, terá o desejo do seu coração satisfeito. O mundo é feliz apenas
por “aparência” por meio do ouro e da prata, e no desfile de sua “beleza física”
com suas contas bancárias “gordas”. Mas a alma deles grita por alegria; estão
“sedados” nestas coisas buscando por ela (alegria), mas quando o efeito acaba,
percebem que são infelizes, pobres, cegos e nus.
Se
você ainda não sente esta felicidade, peça perdão pelos seus pecados e pede a
Deus que Jesus Cristo tome sua vida para Si. Você que já pertence a Jesus, mas
ainda não experimentou isto em sua plenitude (Jo 17.13), busque-O de todo
coração, e Ele se revelará por meio do Espírito no seu espírito. Os que já são
satisfeitos em Deus, estes só esperam pelo Senhor; o que está no seu coração é
verbalizado no seu falar: MARATA! Ora vem, Senhor Jesus! Que o Senhor nos
ajude!
SOLI
DEO GLORIA!
Fabio Campos