Por Fabio Campos
Texto
base: “O SENHOR lhe apareceu no passado, dizendo: ‘Eu a amei com amor
eterno; com amor leal a atrai’”. (Jr. 31.3 NVI).
Existe um termo na teologia calvinista, dentre os cinco pontos da TULIP,
chamado “graça irresistível”! Este termo diz que os escolhidos de Deus, por
mais que resistam por algum tempo, hora menos hora, compulsoriamente, irão para
o Senhor. De fato, Deus trabalha com a eleição em adoção por meio de Cristo, e
por mais que o termo “predestinação” não soa bem aos ouvidos de alguns, ele é
bíblico.
É bom deixar claro que, quando dizemos predestinação, não estamos
falando de um fatalismo robótico! A Soberania de Deus não anula a
responsabilidade humana. Nisto que entra o amor irresistível de Deus. O Senhor
não nos atraiu pela Sua Soberania nem por Sua Majestade. Pelo contrário, se fosse
desta forma, quem poderia olhar na sua face? Seria como tentar olhar para o Sol
a olho nu durante dez segundos. Ele nos atraiu em Cristo, reconciliando-nos na
Pessoa do Filho, que se fez carne: “Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor” (Os. 11:4a ACF).
O amor de Deus está acima das paixões carnais. É
mais forte do que a morte, e ainda que muitas águas venham de encontro a essa
chama, nunca poderão apagar este amor, que está em Cristo Jesus, o Senhor. Este amor nos constrange e nos leva ao
arrependimento! De uma forma misteriosa nos faz amar mais a Jesus do que a si
mesmo (Mt 10.39). Quem nele mergulhou já não se importa com a sua reputação (1
Co 4.10), todas suas convicções distorcidas a respeito de Deus lecionadas
anteriormente, passam a ser inúteis e fúteis, comparada a excelente deste amor
(Fp 3. 7-10). Agora viver é Cristo e morrer é lucro! A alegria também vem nas
fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, e nas angústias,
por saber que quando estamos fracos, aí é que somos fortes (2 Co 12.10). O privilégio
não é apenas de crer no Senhor, mas também sofrer por Ele (Fp. 1.29).
Um chamado a sofrer pela maioria das vezes; dar a
outra face; andar no caminho estreito; amar mais A Ele do que a si, são coisas
que nos leva a reflexão do porque “escolhemos“ segui-Lo. A resposta é: “Ele nos
amou primeiro”! Alguém chamado por Deus, mesmo compulsoriamente, não tendo
escolha, quando ele mergulha neste relacionamento, sua alegria e regozijo
Naquele que o arregimentou são completos.
Muito se diz a respeito do livre-arbítrio! Nós O
escolhemos, porque Ele nos escolheu primeiro! O amamos, porque Ele nos amou
primeiro! Dentro da responsabilidade humana, no controle Soberano Divino, de
uma forma misteriosa, Deus nos fez livres para Ama-lo ou rejeitar o seu amor!
Porque digo isso? Porque não foi a realeza do seu poder que nos atraiu, mas o
seu amor. E o Seu amor é grande demais para ser desprezado, onde de uma forma
extraordinária, os escolhidos de Deus são atraídos para o Pai na pessoa do
Filho.
Por mais que resistamos por algum tempo o chamado
de Deus, hora menos hora, a chama deste amor, amontoará brasas vivas em cima de
nossa cabeça, na qual nos entregaremos por completo e viveremos eternamente
gratos pela forma que Ele nos atraiu e de como nos conduziu até este alvo. Todo
aquele que foi amado por Deus pelo chamado eficaz, de forma alguma, rejeitou o
seu amor; e não somente isso, mas também perseverou, por saber que aquele que o
chamou é fiel e justo para cumprir a boa obra que começou e para guardar a fé
até aquele dia em amor pelo Seu Nome.
SOLI DEO GLORIA!
Fabio Campos